Na sexta-feira, tivemos a divulgação dos dados de desemprego nos Estados Unidos referentes ao mês de maio. Apesar dos números oficiais virem abaixo do que Wall Street esperava, a reação do mercado foi positiva, vai entender…
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No mês de maio, foram criados 559 mil postos de trabalho nos Estados Unidos, assim, a taxa de desemprego ficou em 5,8 por cento. Quando esses mesmos números foram divulgados no mês passado, a criação de postos de trabalho ficou em 287 mil e a taxa de desemprego estava em 6,1 por cento.
Fonte: Barrons
Aos poucos, a economia dos Estados Unidos vai reagindo e o mercado de trabalho retorna à normalidade. Vale (SA:VALE3), contudo, ressaltar que, para o Banco Central do país, a taxa de desemprego desejada fica em torno de 4 por cento, ou seja, ainda há um longo caminho a ser seguido.
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Fonte: The Wall Street Journal
O gráfico acima mostra a evolução do mercado de trabalho desde a eclosão da pandemia, no começo do ano passado. Apesar da recuperação vista nos últimos meses, os Estados Unidos ainda precisam criar 7,3 milhões de postos de trabalho apenas para retomar o patamar pré-pandemia. O famoso desce de elevador e sobe de escada.
Muitos segmentos econômicos no país já apresentaram uma boa recuperação, mas os postos de trabalho relativos ao setor de entretenimento e viagens (leisure & hospitality) ainda deixam muito a desejar, como mostra o gráfico abaixo.
Visto que hoje os Estados Unidos já vacinaram cerca de 63% de sua população, conforme os dias passam, a vida volta cada vez mais à normalidade, com eventos esportivos sendo retomados por todo país e com as pessoas voltando para bares e restaurantes.
O segmento de entretenimento deve ser o último da fila, mas já mostra bons sinais de recuperação. Só no mês passado foram 292 mil postos de trabalho criados nesse setor da economia, para um total de 559 mil, como dissemos anteriormente.
Ainda há um longo caminho pela frente, visto que os Estados Unidos precisam preencher nada menos do que 7 milhões de postos de trabalho. Ao ritmo atual – cerca de 600 mil por mês – apenas em meados do próximo ano é que tudo retornaria ao normal.
Todavia, como sabemos, o mercado financeiro tende a antecipar os fatos, precificando hoje o que deve acontecer amanhã. Podemos dizer que as expectativas são muito positivas, visto que os principais índices acionários americanos seguem em suas máximas históricas.
O que nos resta saber é se daqui a alguns meses teremos ainda mais notícias boas para que as bolsas de valores sigam em alta – para o alto e avante.
Até semana que vem!