Dados do payroll, divulgado nesta sexta-feira (4), mostram que o mercado de trabalho nos EUA está muito mais apertado do que esperado, mostrando que a economia americana segue muito forte.
Isso, em teoria, colocaria mais pressão no Federal Reserve para subir juros. Mas, por outro lado, a inflação de salário saiu 0%. Ou seja, o trabalhador americano não está ganhando mais e, assim, não conseguirá consumir mais fortemente, o que contrabalanceia o número de empregos.
De toda maneira, o mercado está muito mais preocupado com a guerra. Estávamos antes dela com perspectiva que o Fed poderia subir juros em 50 pontos-base já em março. Isso está praticamente descartado. E agora o mercado aponta para uma alta marginal de 0,25 ponto percentual. Isso tudo porque a guerra afeta negativamente o sentimento do consumidor e empresas, que podem reduzir seu ímpeto de consumo e investimentos.
O preço do petróleo e commodities disparando e a curva de juros americanos se aproximando de zero fazem com que a perspectiva de uma recessão americana em 2023 suba.
Nesse interim, o DXY (índice do dólar) continua a subir forte à medida que investidores buscam um porto seguro. Para ações estrangeiras, o que mais importa ainda é a guerra. Nesse momento, setores de Energia (petróleo e gás natual), Distribuidoras de Energia e consumo básico são os setores melhores posicionados.
Para o Brasil, o Real (BRL) se fortaleceu novamente nos últimos dias à medida que os números de inflação brasileira saem maiores que o esperado, e assim colocam pressão no Banco Central do Brasil a manter juros elevados por mais tempo. Isso torna o BRL mais atrativo
Em criptomoedas, embora várias tenham subido nos últimos dias, é prudente ter cautela à medida que a guerra se intensifica e que o mau humor dos mercados tradicionais possam contagiar mais o mercado.