Este artigo foi escrito exclusivamente para Investing.com
- A cibersegurança é um tema quente entre empresas de todo o espectro do setor. Também é uma movimentação temático de investimento popular.
- O ETF HACK oferece aos investidores exposição na área a um preço razoável, mas seu valuation indica que a indústria segue com uma precificação muito elevada.
- O gráfico técnico sugere riscos para o potencial de queda, mas há um ponto de entrada favorável que os investidores podem usar para pôr os pés na água.
Muito se fala sobre as ações de cibersegurança enquanto movimentação temática fundamental. O principal ETF que acompanha a área é o ETFMG Prime Cyber Security ETF (NYSE:HACK).
De acordo com o ETFMG, o fundo HACK investe num portfólio de empresas fornecedoras de soluções de segurança cibernética. Isso inclui empresas nos nichos de hardware, software e serviços. O fundo apresenta uma proporção de despesas de 0,60% e reequilibra as suas participações a cada trimestre.
Os investidores em dividendos não terão interesse no HACK, já que seu yield foi de apenas 0,27% na data-base de 28 de maio de 2022.
Uma exposição internacional em cibersegurança – mas tem seu preço
81% do HACK é composto por ações dos EUA, sendo que o fundo detém 68 participações. Isso significa que ele também consegue certa exposição estrangeira.
Até ao momento, neste ano, o fundo apresenta queda de mais de 20%, quase o mesmo que outros fundos de tecnologia com diversificação global. Além disso, a atual relação P/E média do fundo está alta, em 28,3, segundo o Wall Street Journal.
Em termos de valuation, acredito que a indústria ainda tem espaço para ver múltiplas contrações, tendo em conta as negociações no setor de tecnologia vêm murchado desde novembro do ano passado, especialmente entre as pequenas e médias empresas.
Mapa de calor de desempenho do ETF no ano até agora: ETF HACK com queda de mais de 20%
Fonte: Finviz
Participações do HACK e resultados da CrowdStrike
As principais participações no HACK incluem vários nomes conhecidos dos investidores: BAE Systems (LON:BAES), Akamai (SA:A1KA34)(NASDAQ:AKAM), Splunk (NASDAQ:SPLK), Fortinet (SA:F1TN34)(NASDAQ:FTNT), Palo Alto Networks (NASDAQ:PANW) e CrowdStrike (NASDAQ:CRWD), que, com mais de 5%, é a maior participação do fundo.
Esta é uma semana importante para o setor de cibersegurança. A CrowdStrike confirmou o anúncio dos seus resultados para o 1º trimestre fiscal de 2023 nesta quinta-feira após o fechamento do mercado, de acordo com Wall Street Horizon. Uma videoconferência será realizada na sequência da divulgações. Espera-se que a CRWD anuncie lucro por ação (LPA) de US$ 0,232, sobre receitas de US$ 463,88 milhões. No trimestre anterior, a receita e o LPA da empresa superaram as expectativas.
Os investidores também devem estar cientes do possível anúncio de notícias que agitem a indústria como um todo durante a Berenberg Thematic Software Conference 2022, que acontece em Londres na quarta-feira, dia 15 de junho.
A perspectiva técnica
Passando para os gráficos, há uma clara resistência na faixa de US$ 50 a US$ 52 no ETF HACK. É um mercado de vendedores, na minha opinião, e os ralis devem ser usados como uma oportunidade de realizar lucros para longs táticos ou para estabelecer posições curtas.
Se o HACK fechar acima de US$ 52, de preferência numa base semanal, a história pode mudar. Há uma outra camada de resistência perto de US$ 60 - a faixa das mínimas desde a segunda metade de 2021 e o pico de abril de 2022. Quanto ao suporte, os US$ 44 atraíram compradores em várias ocasiões desde o final de 2020.
ETF HACK abaixo da resistência-chave na faixa de US$ 50 - US$ 52
Fonte: Stockcharts.com
Resumindo
A cibersegurança é um tema de investimento popular. A necessidade fundamental de segurança e proteção no mundo tecnológico de hoje em dia é, sem dúvida, considerável. Eu aconselho os investidores a terem cautela quanto a pular no HACK a estes níveis. Os vendedores estão no controle, mas os compradores podem tentar uma jogada no HACK se ele recuar para o suporte próximo de US$ 44.