O preço do etanol hidratado seguiu firme no segmento produtor no estado de São Paulo na semana passada. Distribuidoras consultadas pelo Cepea diminuíram o ritmo das aquisições, trabalhando na retirada de produtos adquiridos anteriormente. Do lado vendedor, usinas mantiveram-se firmes nas cotações. Dessa forma, pela quarta semana consecutiva, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado subiu 0,47%, fechando a R$ 2,0737/litro na semana passada. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,3945/litro (sem PIS/Cofins), pequeno recuo de 0,3%.
TRIGO/CEPEA: VALORES INTERNOS SEGUEM AVANÇANDO, MAS LIQUIDEZ AINDA É BAIXA
Os valores do trigo continuam em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a valorização está atrelada à retração de vendedores, ao fortalecimento dos futuros externos e também às cotações recordes do milho nos mercados doméstico e internacional. As negociações, no entanto, têm sido pontuais nas regiões acompanhadas pelo Cepea, resultado da resistência de venda por parte dos triticultores, que estão à espera de novas altas nos valores do cereal, fundamentados nas elevadas cotações do milho.
MAÇÃ/CEPEA: PERSPECTIVAS SÃO POSITIVAS PARA GALA E FUJI EM 2020/21
A colheita da safra 2020/21 de maçãs teve início nos últimos dias no Sul do País. De acordo com agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a atividade está concentrada na variedade gala de alguns pomares de Vacaria (RS), Caxias do Sul (RS), Fraiburgo (SC) e do Paraná, devendo se estender para outras localidades, como São Joaquim (SC), entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Ainda segundo agentes, até o momento, as expectativas de produção são positivas para a gala, visto que, depois da quebra de safra registrada em 2019/20, o volume pode se recuperar nas regiões catarinenses e se manter estável na praça gaúcha de Vacaria. Espera-se também uma boa oferta de frutas médio-graúdas de padrões superiores na maioria das localidades – exceto em Fraiburgo, onde alguns produtores temem uma maior concentração de calibres miúdos, em função do baixo volume de chuvas. Já para a variedade fuji, cuja colheita costuma ser mais tardia (em meados de março), ainda é cedo para estimativas de produção, já que os frutos devem levar dois meses para concluir o desenvolvimento. Mesmo assim, as perspectivas também são positivas para a variedade, por conta de sua bienalidade, do bom acúmulo de horas de frio e da retomada recente das chuvas no Sul. Quanto aos preços, conforme a oferta de gala aumentar, as cotações devem começar a cair. Assim, os altos patamares não devem se sustentar. Apesar disso, classificadores entrevistados pelo Hortifruti/Cepea se mostram animados, pois, mesmo com a possibilidade de maior volume neste ano, frutas de boa qualidade e maiores calibres podem proporcionar um ganho atrativo às empresas, visto que são mais remuneradoras do que frutas miúdas.