O ritmo de negócios continuou lento no mercado paulista de etanol na última semana, embora algumas usinas busquem acelerar as vendas no spot em função da proximidade da nova safra. Segundo pesquisadores do Cepea, praticamente as mesmas unidades que vinham ativas no spot seguiram comercializando. Distribuidoras, por sua vez, permaneceram adquirindo volumes pontuais, se abastecendo com produto de contratos. Por mais uma semana, os preços refletiram pouco o diferencial logístico de unidades produtoras, com quedas em todas as regiões do estado de São Paulo. De 6 a 10 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,7172/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 1,3% sobre o período anterior. O anidro se desvalorizou 2,1% em igual comparativo, a R$ 1,8686/litro (sem PIS/Cofins). O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do hidratado, posto Paulínia (SP), fechou a R$ 1.765,00/m3 (sem impostos) nessa segunda-feira, 13, baixa de 1,9% sobre a segunda anterior.
AÇÚCAR: COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA NO SPOT PAULISTA
O volume e o número de negócios envolvendo o açúcar cristal seguem estáveis no mercado spot do estado de São Paulo. Diante das recentes quedas nos valores do cristal, compradores começam a voltar ao mercado, mas evitam adquirir grandes quantidades. Do lado vendedor, agentes de usinas continuam reduzindo os valores de suas ofertas, mesmo com as exportações “spot” (para embarque imediato) do açúcar Icumsa 150 mais aquecidas. De 6 a 13 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, mercado de São Paulo, cor Icumsa entre 130 e 180, caiu 1,5%, fechando a R$ 83,36/saca de 50 kg na segunda-feira, 13.
TRIGO: RITMO DE NEGÓCIOS AUMENTA, MAS VALORES NÃO REAGEM
Diferente do observado em semanas anteriores, a comercialização de trigo está mais aquecida na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Muitos agentes de moinhos têm maior interesse de compra no mercado interno, visando repor estoques. Parte dos compradores, no entanto, ainda está afastada das aquisições do cereal brasileiro – no oeste do Paraná, segundo colaboradores do Cepea, muitas indústrias ainda recebem trigo do Paraguai a valores mais competitivos que os praticados no estado. Produtores, por sua vez, estão ativos nas negociações, no intuito de abrir espaço nos armazéns para receber a safra de verão de grãos. Mesmo com a maior liquidez, os preços internos do cereal não reagiram. No Rio Grande do Sul, o preço médio do trigo CEPEA/ESALQ subiu ligeiro 0,1% nos últimos sete dias, praticamente estável, a R$ 512,45/t nessa segunda-feira, 13.