O volume de etanol hidratado negociado no spot paulista aumentou no final de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, além do aquecimento da demanda por parte de distribuidoras por conta do carnaval, usinas mostraram maior interesse de venda, diante da proximidade do início da nova safra (2017/18) na região Centro-Sul, previsto já para março em algumas unidades, e das sucessivas quedas de preços. Na última semana, a entrada de etanol de outros estados, especialmente de Mato Grosso do Sul e Goiás, reforçou a pressão sobre as cotações no mercado paulista. De 20 a 24 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,5846/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), recuo de 4,9% em relação à semana anterior – já são 11 semanas seguidas de baixa. Para o anidro, em queda há sete semanas, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,7142/litro (sem PIS/Cofins), variação negativa de 2,2%. Para o etanol hidratado posto Paulínia (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 1.644,00/m3 (sem impostos) nessa quarta-feira, 1º, queda de 1,4% sobre a quinta anterior.
TRIGO: RITMO DE NEGÓCIOS ENVOLVENDO FARINHA AUMENTA
A demanda por farinha de trigo aumentou no encerramento de fevereiro, mas as cotações da matéria-prima não reagiram. Conforme colaboradores do Cepea, alguns agentes de indústrias alimentícias e de setores de varejo adiantaram as compras do derivado, devido ao recesso de carnaval e à consequente dificuldade de encontrar caminhões disponíveis para entrega nesse período. Além disso, o consumo de produtos finais também teria se aquecido, fazendo com que a indústria aumentasse as compras de farinha. Já quanto ao trigo em grão, a comercialização está bastante lenta. Segundo pesquisadores do Cepea, moinhos brasileiros continuam abastecidos, com algumas unidades apenas recebendo o cereal já comprado e/ou importado. Assim, as negociações têm ocorrido de forma pontual e regionalizada e os preços seguem praticamente estáveis.
ALGODÃO: VENDA DA PLUMA NO BR ESTÁ MAIS ATRATIVA QUE EXPORTAÇÃO
As cotações da pluma registram pequenas quedas no mercado brasileiro, devido à maior oferta. Conforme pesquisadores do Cepea, apesar da alta nos preços externos, influenciada pela boa demanda e pela ligeira redução dos estoques de passagem em termos mundiais, as vendas do algodão no mercado brasileiro estão mais atrativas que as internacionais. Nesse cenário, vendedores, inclusive tradings, passaram a mostrar maior interesse nas negociações domésticas em detrimento de novos contratos de exportação para o curto prazo. Com isso, aceitaram negociar a preços menores. Na última semana, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias, referente à pluma 41-4 posta em São Paulo cedeu 0,5%, fechando a R$ 2,7118/lp nessa quarta-feira, 1º.
ALFACE: COM RECUPERAÇÃO DA OFERTA, PREÇOS CAEM EM SP
A oferta e a qualidade das alfaces se elevaram nas roças paulistas na última semana. Conforme pesquisadores do Hortifruti/Cepea, com o aumento da produtividade em Ibiúna e Mogi das Cruzes – após 15 dias sem chuva –, o maior volume disponível pressionou as cotações. Em Ibiúna, onde a oferta está mais alta, as desvalorizações das variedades crespa, americana e lisa foram de 43%, 38% e 27%, respectivamente, em relação à semana anterior. Entre 20 e 24 de fevereiro, as médias fecharam a R$ 11,10/cx com 20 unidades para a crespa, R$ 10,75/cx com 12 unidades para a americana, e R$ 11,10/cx com 20 unidades para a lisa.