As cotações dos etanóis anidro e hidratado seguiram em queda no mercado paulista na última semana, mesmo com a elevação no volume negociado pelas usinas. Segundo pesquisadores do Cepea, com a aproximação do início da nova temporada, usinas priorizam a venda de etanol hidratado para abrir espaço nos tanques. Além disso, a proximidade do pagamento de salários fez com que algumas unidades cedessem nos preços de venda. Na semana de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,7405/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), baixa de 2,05% em relação ao período anterior. No caso do etanol anidro, usinas vinham limitando as negociações em função da comprovação do volume desse combustível em tanque, em 31 de janeiro, conforme Resolução nº 67 da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Passado esse período, o volume ofertado no mercado spot aumentou, resultando em novas quedas nos valores. O etanol anidro teve desvalorização de 2,89% no mesmo período, fechando a R$ 1,9087/litro (sem PIS/Cofins).
AÇÚCAR: EM QUEDA, INDICADOR VOLTA A PATAMAR DE JUNHO/16
Os preços do açúcar cristal no mercado spot paulista seguem em queda, voltando à casa dos R$ 84,00/saca de 50 kg, patamar observado em junho/16, quando a média do Indicador Cepea era de R$ 84,85/saca de 50kg, em termos reais – deflacionada pelo IGP-DI de dezembro/16. Conforme pesquisadores do Cepea, o recuo dos preços continua associado à flexibilidade das usinas em baixar os valores de suas ofertas, diante da retração de compradores. De 30 de janeiro a 6 de fevereiro de 2017, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, recuou 1,5% fechando a segunda-feira, 6, a R$ 84,67/saca de 50 kg.
TRIGO: MENOR PROCURA NO PR PRESSIONA VALORES
Os preços do trigo pagos ao produtor (mercado de balcão) estão em queda no Paraná. De acordo com pesquisadores do Cepea, o recuo está atrelado à fraca presença de compradores no mercado de lotes (negociações entre empresas), o que leva a maioria das cooperativas e cerealistas a ficar estocada. Produtores paranaenses também têm demonstrado baixo interesse em negociar o trigo neste momento, já que estão focados na colheita da safra de verão, principalmente de soja. Em São Paulo e em Santa Catarina, a demanda pelo grão também está enfraquecida. A liquidez está maior apenas no Rio Grande do Sul, devido aos leilões governamentais.