Entre 4 e 8 de fevereiro, o volume de etanol hidratado negociado no mercado paulista foi o maior desde 2002, de acordo com pesquisas do Cepea – a quantidade adquirida pelas distribuidoras quase dobrou (+96%) em relação à da semana anterior. Vale ressaltar que pela terceira semana consecutiva, as negociações envolvendo o biocombustível estiveram elevadas no estado de São Paulo. Distribuidoras, que, até então, vinham adquirindo volumes mais pontuais ao longo de janeiro – naquele período, o preço estava em queda –, intensificaram as compras para reposição de estoques. Esse fator combinado com a retração da oferta resultaram em aumento dos preços, após cinco semanas em queda. De 4 a 8 de fevereiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,5800/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 3,74% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, contudo, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,6976/litro (sem PIS/Cofins) entre 4 e 8 de fevereiro, queda de 2,07% em relação ao anterior. Como a precificação desse combustível está atrelada ao valor do hidratado, que, por sua vez, caiu na semana passada, usinas negociaram o anidro a preços menores de 4 a 8 de fevereiro.
TRIGO: IMPORTAÇÕES REGISTRAM QUEDA EM JANEIRO; EXPORTAÇÕES AUMENTAM
As importações e as exportações de trigo andaram em direções opostas em janeiro, de acordo com dados da Secex. Enquanto as compras externas do cereal foram menores, as saídas nacionais aumentaram. Neste último caso, devido ao menor interesse de compradores domésticos, ao excedente e à necessidade de maior escoamento de estoque. Segundo dados da Secex, em janeiro, foram enviadas ao exterior 378 mil toneladas de trigo, quase sete vezes mais que em dezembro e retornando aos mesmos patamares de 2015. De maneira geral, boa parte do trigo exportado foi oriundo do Rio Grande do Sul, representando 73,5% do total, tendo como principais destinos Filipinas (45,6% do total), Vietnã (6%) e Indonésia (48,4%). As importações, por sua vez, caíram 4,1% entre dezembro/18 e janeiro/19, mas ainda seguem em volumes expressivos. Quanto aos preços, entre 1º e 8 de fevereiro, subiram nas regiões pesquisadas pelo Cepea.
ALFACE: APÓS PERDAS NAS ROÇAS, PREÇOS SOBEM AINDA MAIS EM SP
Os preços das alfaces subiram nos últimos dias nas regiões paulistas de Ibiúna e Mogi das Cruzes, tanto por conta da menor oferta quanto da maior demanda pela folhosa. Segundo colaboradores do Cepea, as chuvas e o calor excessivo registrados em ambas as praças na semana passada danificaram muitos pés e atrapalharam o preparo da terra para novos transplantios, limitando a disponibilidade da hortaliça. Além disso, a área plantada está menor neste verão. Quanto à demanda, as temperaturas elevadas e a volta às aulas favoreceram a procura, que acabou direcionada a outros estados, principalmente ao Rio de Janeiro. Entre 4 e 8 de fevereiro, o valor da americana aumentou 57,5% frente ao da semana anterior, para a média de R$ 21/cx com 20 unidades na região de Ibiúna.