A média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado nas semanas cheias de setembro foi de R$ 1,6855/litro, forte alta de 16,61% na comparação com a média das semanas cheias de agosto (R$ 1,4454/litro). No mesmo comparativo, a média do etanol anidro em setembro, de R$ 1,8279/litro, subiu 14,07% frente a do mês anterior (R$ 1,6024) – ambos considerando apenas o mercado spot de São Paulo. No caso do hidratado, a média de setembro é a maior da safra 2018/19, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-M de agosto/18).
Os principais fatores de alta dos preços no último mês foram a demanda aquecida nos postos de São Paulo e a menor necessidade de liberação de tanques, visto que as chuvas durante a segunda quinzena do mês em todo estado paralisaram as atividades de moagem das usinas, reduzindo, assim, a produção do etanol.
Nas bombas, a paridade segue favorável para o etanol hidratado nos principais estados produtores do Centro-Sul. Em São Paulo, o preço médio do etanol hidratado foi de R$ 2,609/litro e, para a gasolina C, de R$ 4,399/litro em São Paulo, gerando relação média de 59,3% em setembro, ante os 57,8% de agosto. Nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, também é vantajoso o abastecimento com o biocombustível, já que a relação média foi inferior a 70% em setembro, de 60%, 57%, 60,5%, 63,7%, 66,8% e 68,4%, respectivamente, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
No acumulado da safra atual (de abril a agosto), foram consumidos mais de 3,9 bilhões de litros de etanol hidratado em São Paulo, cerca de 780 milhões de litros vendidos a mais na comparação com o mesmo período da safra anterior. Para a gasolina C nos postos paulistas, houve redução no consumo (-940 milhões de litros) na comparação com o mesmo período da safra 17/18 – dados da ANP.
NORDESTE – Grande parte das usinas dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba já iniciou a moagem da cana e a comercialização do etanol. Neste início de safra, em Pernambuco, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado subiu 1,23% frente a ago/18, fechando a R$ 1,6668/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em setembro. O Indicador CEPEA/ESALQ do anidro fechou a R$ 1,9930/litro (sem frete e sem PIS/Cofins), após seis meses sem a divulgação dos preços devido à entressafra.
No estado de Alagoas, o Indicador CEPEA/ESALQ do biocombustível fechou a R$ 1,6877/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em setembro, queda de 6,12% frente a maio (último dado disponível). Já o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 1,9173/litro (sem frete e sem PIS/Cofins), recuo de 5,86% em relação a fev/18.
O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado do estado da Paraíba caiu 1,17% em set/18 na comparação com ago/18, fechando a R$ 1,6587/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins). Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 1,9703/litro (sem frete e sem PIS/Cofins), alta de 7,01% no mesmo comparativo.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES – Em setembro, as exportações de etanol anidro e hidratado somaram 176,4 milhões de litros, com receita de US$ 84,4 milhões (R$ 347,4 milhões). Na comparação com o mesmo período da safra anterior, o volume exportado mais que dobrou e a receita aumentou 92,3% frente a set/17. No acumulado da safra 18/19, foram embarcados 878,2 milhões de litros de etanol, de acordo com dados da Secex.
Quanto às importações de etanol, em agosto o volume somou 47,61 milhões de litros, com gastos de US$ 19,9 milhões. No acumulado da safra (de abril a agosto), foram importados pelo Brasil mais de 754,48 milhões de litros de etanol, principalmente dos Estados Unidos.