EXEPCIONAL SEQUÊNCIA DE SESSÕES EM ALTA
A semana de Ação de Graças foi marcada pela sequência de seis sessões consecutivas de alta. Somente os primeiros três dias da semana registraram um volume de negócios maior do que as cinco sessões da semana anterior. Na comparação de segunda à quarta-feira, o volume foi 69% maior do que no período anterior. Em média, os contratos futuros encerraram com valorização semanal de 5%.
Embora os Estados Unidos tenham colhido uma safra recorde, a demanda segue pressionando positivamente as cotações. A atualização dos embarques semanais, divulgada nesta sexta-feira (25) estima que 72% do volume exportável já foi comprometido. A valorização dos derivados de soja nos últimos meses no mercado chinês aumenta a atratividade do produto americano, para suprir o mercado asiático. Nesta semana em especial, a valorização do óleo de palma da Malásia, produto substituto ao óleo de soja foi uma das principais influências do complexo soja.
O mercado internacional também acompanha atentamente o desenvolvimento do plantio na América do Sul e as previsões climáticas nas regiões produtoras. Tendências características do fenômeno La Niña já estão atuando sobre a Argentina e o Sul do Brasil. Neste estágio da safra, porém, não se confirmam perdas na produtividade nas áreas afetadas.
SEMANA DE CLIMA FAVORÁVEL À FRENTE
Nos próximos dias são aguardados bons volumes de chuva no norte de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em regiões produtoras como o Sul do país e Mato Grosso do Sul volumes razoáveis são esperados. Os mapas de Disponibilidade de Água no Solo e e Estiagem Agrícola preocupam o produtor. Ambos os mapas apontam que na região produtora do MS os solos estão secos, o que pode prejudicar a produtividade da soja. O estado do MT que tem o seu plantio praticamente completo, não recebe chuvas há muitos dias e agora é um momento essencial para o desenvolvimento do grão.
Na Argentina o tempo deverá ser seco nos próximos dias e as temperaturas deverão ficar dentro da média para o período. Os produtores argentinos deverão dar seguimento no processo de plantio, que se encontra atrasado.
DÓLAR SERVE COMO FREIO PARA AS COMMODITIES EM CHICAGO
A cotação internacional do dólar em relação às demais moedas, valorizada desde a eleição de Donald Trump segue sendo o fator limitador dos preços em Chicago. Embora as divisas europeias já tenham iniciado a recuperação em relação ao dólar, as moedas emergentes seguem desvalorizadas. Na última semana, as altas mais relevantes e pontuais ocorreram em momentos de desvalorização do dólar americano. Ainda que o mercado já precifique a provável alta dos juros americanos em dezembro, o egresso de capital das economias emergentes buscando investimentos mais seguros nos títulos americanos deve manter esta valorização. O aquecimento da demanda, contudo, deve seguir fortalecendo o mercado até o início da colheita sul-americana.