Este é, definitivamente, o melhor momento para entrar no mercado de ativos digitais e criptoativos. Após o bull run de 2017 e a ressaca de 2018, o mercado amadureceu e está desenvolvendo tecnologia a pleno vapor.
Ultimamente, sempre que a pauta é o Bitcoin e Criptoativos vem junto a discussão sobre o preço desses ativos e se é o melhor momento para comprar ou se devemos esperar os preços “testarem fundos para então, entrar no mercado.
Nessa discussão de preços temos as mais variadas opiniões e análises e, ainda que alguns analistas digam que não alcançamos o bottom (fundo de preços), a primeira pergunta que precisamos responder é: Preço importa ou não importa?
Para responder essa pergunta precisamos entender quem é o interlocutor. Para um trader profissional o preço importa, independentemente da classe de ativos que se está analisando. Para o restante, preço não importa. Se você não está buscando ganhar alguns pips de spread, não é investidor profissional ou se nem entendeu o que são esses termos, então preço realmente não importa e esse artigo é para você.
O racional para eu dizer que preço não importa foi baseado em quatro características, que na minha visão representam mais de 90% de uma matriz de decisão sobre investir ou não em criptoativos. Estão resumidas abaixo, mas vou abordar cada uma delas individualmente nos próximos quatro artigos.
Volatilidade
Com certeza é o fator que causa maior ruído quando o assunto é sobre investimentos em criptoativos.
Volatilidade é uma medida estatística e um dos meios mais utilizados para mensurar o risco de um determinado ativo. Ela mede, basicamente, a intensidade e a frequência das oscilações nas cotações de um ativo financeiro. Quanto maior a variação do preço de um ativo em um espaço definido de tempo, maior é a volatilidade e, por consequência, maiores são os riscos desse ativo.
A questão com os criptoativos é que a volatilidade é alta e, portanto, oferecem um risco maior, mas é importante ter a clareza de que isso não é necessariamente negativo. É possível aproveitar a volatilidade dos criptoativos no balanceamento da carteira e, com a possibilidade de montagem de mecanismos estruturados, como contratos futuros e opções, pode-se chegar em uma composição muito interessante de investimentos.
Ativos não relacionados
A ciência já provou que a melhor forma de memorizarmos uma nova informação no cérebro é buscando alguma relação com algo já conhecido. Isso significa que a mente humana procura sempre fazer ligações entre fatos aleatórios tentando encontrar alguma ponte entre eles.
Ao analisarmos ativos, também procuramos fazer esse tipo de análise através da correlação. A ideia é entender, por exemplo, se caso o preço do Petróleo WTI venha a cair 10%, qual vai ser o comportamento de um ativo exposto a esta commodity, como, por exemplo, Petrobras (SA:PETR4).
Em análises de portfólio é comum analisarmos a correlação entre os ativos da carteira como forma de mensurar o nível de exposição e risco. Ainda no exemplo acima, quem possui uma carteira exposta majoritariamente a ativos ligados ao petróleo pode sofrer mais no caso de uma grande queda dessa commodity.
Quando falamos de criptoativos, fica difícil traçar correlações com outras classes de ativos e isso é uma fortaleza. Diversos analistas apontam que essa nova classe de ativos digitais podem ser usados como “chaos hedge”, ou seja, um seguro para um eventual crash das outras classes de ativos, justamente pelo fato de não estar relacionado com nenhum.
Assimetria
Um dos fatores mais importantes para considerarmos na tomada de decisão de um investimento. A ideia é encontrarmos ativos que apresentem uma curva convexa e uma distribuição assimétrica na relação risco-retorno.
Resumidamente, esse formato de análise busca encontrar uma diferença (assimetria) na curva de distribuição risco-retorno de um determinado ativo em relação a curva normal.
A ideia é que busquemos sempre uma assimetria de retornos positiva, ou seja, que tenha uma perspectiva de retorno maior para o mesmo nível de risco.
Isso faz sentido em criptoativos, quando consideramos o potencial tecnológico e o momento atual.
Impacto tecnológico
Quando pensamos em criptoativos e, principalmente, em ativos digitais, comumente somos instigados pelo fator tecnológico que essa classe de ativos contempla.
Blockchain ou Tecnologia de Registro Distribuído (DLT), a tecnologia presente nessa classe de ativos tem poder disruptivo para impactar nosso cotidiano e a maneira como entendemos dinheiro e, investimentos e diversos outros setores da economia.
O ponto é que estamos apenas no início da curva de adoção dessa tecnologia e o desenvolvimento está recém saindo do estágio embrionário.
Para fazermos uma analogia, seria como se estivéssemos em 1997 e as gigantes da internet estivessem surgindo agora, com pouca usabilidade e quase que exclusiva para geeks inovadores.
Nos próximos quatro artigos, vamos analisar esses fatores detalhadamente e então será possível perceber que estamos diante do melhor momento para entrar no mercado de cripoativos. Seja desenvolvendo soluções como empreendedor ou diversificando parte do seu portfólio nessa nova classe de ativos como investidor, faz todo sentido alocar recursos nesse mercado.