O escoamento da produção dos frigoríficos, a venda de carne bovina, está lenta.
Quanto ao boi gordo, coexistem dois cenários:
1. Há regiões onde a oferta começa a ter incremento, em função das boiadas confinadas que começam a ser entregues. Se observa uma quantidade maior de lotes maiores sendo negociados, para compor as escalas de abate dos frigoríficos. Nessas regiões a pressão é de contenção da cotação.
2. Há também regiões onde a oferta está escassa, devido à forte seca. Esse cenário é comum principalmente na região Norte do país.
Isso tem causado achatamento das escalas e é possível ver indústrias com apenas um dia de programação.
Consequentemente, os preços, nestes casos, se não têm força para altas, devido à demanda, também não há espaço para queda, e isso mantém as cotações firmes.
Sazonalmente o consumo ganha força no último bimestre do ano, devido ao décimo terceiro salário. Também vale destacar os feriados prolongados, que podem aumentar a demanda pela carne. É esperar para ver.
A demanda definirá o rumo do mercado do boi gordo
É preciso recuperação do consumo em novembro para o mercado firmar.
Por Breno de Lima e Alex Lopes (Scot Consultoria)