O fraco ritmo de negociações neste período de festas de final de ano foi refletido nas cotações da soja nas diversas praças do interior do país e nos portos de exportação. Com muito negociantes em recesso, os preços terminaram o ano estáveis na comparação semanal. Seguindo o comportamento em Chicago, as cotações chegaram a apresentar alta nos primeiros dias da semana e voltaram a cair na segunda metade.
A principal variável balizadora das negociações da safra nova atualmente é o Dólar. Oscilando entre R$ 3,27 e R$ 3,25 a relação cambial do Real está mais aquecida do que a conjuntura externa indicaria. A aproximação da posse de Trump, em 20 de janeiro deve reverter este quadro. O cenário cambial interno, no entanto, deve se manter inalterado durante o mês de janeiro devido ao recesso parlamentar e judiciário em diversas instancias.
Neste sentido, os preços não estão atrativos para realização de novas vendas da safra a ser colhida. Produtores que já negociaram uma parte relevante de sua produção esperam por esta melhora no cenário para seguir a comercialização. A redução no ritmo de vendas no mercado americano para os consumidores chineses indica o deslocamento da demanda para a América do Sul. As dificuldades das lavouras argentinas de oferecer uma boa produção nesta safra auxiliam os produtores brasileiros.
Ao planejar a colheita, mais do que nunca deve se primar pela segurança. As condições climáticas atípicas geradas pelo fenômeno climático La Niña podem rapidamente comprometer a produtividade das lavouras. Indica-se garantir a colheita da produção quando as condições técnicas permitirem e não arriscar além do considerado seguro na região.
Em Chicago, semana também marcara retorno do volume de negócios
Está semana, com a volta do volume de negócios, devemos ter movimentos importantes no mercado. Se houver uma manutenção dos preços acima dos U$ 10,00 o bushel ou do suporte, podemos esperar que nos próximos meses os preços não cairão mais. Cabe ressaltar que os fundos de investimentos aumentaram a sua posição de contratos futuros comprados na bolsa de Chicago, segundo o relatório CFTC, o que indica que cada vez mais os especuladores estão aproveitando o atual patamar de preços para realizar compras.