Por Julia Monsalve
Com poucas negociações acontecendo na praça paulista nesta segunda-feira, como de costume, os preços seguiram sem alteração e as escalas de abate permaneceram, em média, de 8 dias.
Pará
A semana começou sem movimentações em todas as praças monitoradas. Desta forma, para as praças acompanhadas, os preços se mantiveram estáveis em relação à última sexta-feira.
Mercado atacadista de carne com osso
No mercado atacadista de carne com osso os preços seguem oscilando. Na última semana, o preço da carcaça casada de boi castrado caiu 3,1% e a carcaça casada de boi inteiro ficou estável.
Para as carcaças casadas de novilha e vaca houve incremento de 1,0% e 0,4%, respectivamente.
Para as outras carnes, como a carcaça especial suína* e do frango médio**, a cotação subiu 3,1% em comparação com a última semana. Com o incremento nos preços das carnes concorrentes frente à carne bovina, a carcaça do boi está mais competitiva frente às demais.
*Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha.
**Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%.
Abril: chuvas espalhadas pelo Brasil
No geral, abril ainda será caracterizado pela presença de chuvas em todo o país, variando em intensidade conforme a região. Durante o mês, são esperadas chuvas abaixo da média para o Tocantins, Goiás, Mato Grosso e grande parte do Pará, com diminuições de até 75mm. A região Nordeste como um todo merece atenção especial, pois pode registrar até 150mm de precipitação abaixo do esperado. No entanto, o centro-sul do Rio Grande do Sul pode ter níveis mais baixos, enquanto alguns estados apresentarão chuvas acima da média durante o mesmo período.
Levando em consideração o prognóstico para este mês e seu impacto na safra de grãos 2023/24, é relevante destacar os bons níveis de água no solo da região do MATOPIBA, resultado dos últimos meses, que beneficiaram o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safras. No entanto, o nível previsto é abaixo do histórico, o que pode favorecer a colheita, mas também comprometer o desenvolvimento das lavouras. Este cenário é esperado em Mato Grosso e Goiás.
O acumulado de chuva nas regiões Sul e Sudeste para o mês tende a influenciar positivamente o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safras, mantendo os níveis hídricos adequados no solo. No entanto, esse mesmo acumulado pode interferir na colheita. Nas outras áreas, os acumulados de chuva previstos são menores para o período.
No sul de Mato Grosso do Sul e parte do centro-sul do Rio Grande do Sul, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras. A previsão aponta chuvas ligeiramente abaixo da média, o que pode impactar o desenvolvimento dos cultivos em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica.
Previsão para a segunda semana de abril
Entre os dias 10 e 16 de abril são esperados níveis elevados de precipitação na região Norte e em Mato Grosso, com acumulados superiores a 70mm ao longo de sete dias. Já nas regiões Sudeste e Sul, os níveis de chuva devem ser de até 55mm. O Nordeste brasileiro, por sua vez, receberá volumes acima de 45mm em todo o território.