A política fiscal continua no radar do mercado de câmbio. Aliás, do mercado em geral. Teremos uma forte expansão de gastos que não vem em conjunto com novas fontes de financiamento para reequilibrar o orçamento deste ano. Isso deve impactar nas contas.
O mais importante agora é a definição sobre o novo arcabouço fiscal, que será um mecanismo de controle de despesas. Mas deve ser mais flexível que o teto de gastos. Assim que isso for definido já vai melhorar para o câmbio. O mercado não gosta de incertezas.
Ontem, o dólar caiu por causa de movimento de ajustes de posição e após o Ministro da Casa Civil dizer que não existem propostas para revisão de reformas, inclusive a da Previdência. Também caiu bem a fala do novo comandante da Petrobras (BVMF:PETR4), senador Jean Paul Prates, que disse que não haverá intervenção nos preços de combustíveis. Vamos acompanhar.
Hoje o presidente terá sua primeira reunião ministerial para articular o governo. Parece que nada poderá ser dito sem o aval de Lula.
Quanto à ata do Fed, houve uma leitura do mercado de que as preocupações com a inflação seguem no radar, mas o ritmo de aperto nos EUA deve ser reduzido para não prejudicar tanto a economia.
O cenário externo é um possível obstáculo à uma recuperação do real, conforme o Banco Central norte-americano segue aumentando sua taxa de juros.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado em R$ 5,3527, os mercados seguem dando ao governo o benefício da dúvida.
Para hoje, o calendário na Europa terá IPC, vendas no varejo e confiança do mercado. No Brasil, conheceremos o IGP-DI. Já nos EUA, o dado mais esperado da semana, o Payroll (relatório de emprego não-agrícola), e a taxa de desemprego. Também teremos dois pronunciamentos para ficar de olho, de Lane do BCE e de Lisa D. Cook do Fed.
Bom final de semana, turma, e muito lucro!