MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Após a fala da vitória de Trump em tom mais conciliador, se direcionando a questão de unificação americana para desenvolvimento da nação, além da sinalização do partido democrata de que aceitava o resultado, inclusive com convite do atual presidente Barack Obama para que já se iniciasse as conversas para transição, trouxe maior tranquilidade a explosão de volatilidade vista no começo do dia.
O ouro que havia fechado na BMFBOVESPA a R$130,00 o grama operou a níveis de R$135,00 (+3,84%), com o dólar cotado a R$3,25 e onça troy a US$1305, mas após sinalizações políticas de que não haveria um choque de transição nem crise de percepção de ilegitimidade dos resultados das urnas pela oposição, o mercado se acalmou.
Portanto, a onça troy após apresentar alta acima de 2%, caiu para US$1280 respeitando o suporte previsto, testando em alguns momentos este preço ao ser cotado a US$1277, mas já sendo negociado no pregão asiático novamente acima deste suporte.
Uma incerteza se elimina, já sabemos quem é o novo presidente dos EUA, mas o mercado esta subestimando sua real capacidade de implantar aquilo que de fato ele propôs de forma radical, propostas relacionadas a politica comercial, fiscal e monetária.
No entanto, subestimar suas propostas é um perigoso caminho a ser tomando, levando em consideração que, seus estímulos levarão a uma elevação da divida publica americana, considerando estímulos a crescimento de infraestrutura e aumento da taxa de juros, sem contar a questão bélica, que poderá passar a ser central em seu governo, levando em consideração as propostas mencionadas em sua campanha.
Consequentemente, temos um cenário que volta a ser favorável ao ouro, mesmo com o efeito inicial de queda no dia após a decisão americana, pois, os desdobramentos do efeito Trump ainda estão para aparecer, em um cenário onde a economia será dominada por uma politica dotada de uma onda de nacionalismo.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMF&BOVESPA – R$131,00 (Fechamento 09/11 +0,77%)
DÓLAR
Dólar fecha em alta de 1,34% a R$3,21 com mercado revertendo a precificação que havia sido feita com a grande probabilidade da Hillary Clinton ganhar as eleições.
A vitória de Trump trouxe grande volatilidade aos mercados, fazendo o dólar abrir a R$3,25, aliviando a alta posteriormente, com o tom mais brando do novo presidente americano, criando a expectativa no mercado de que, talvez, tenha-se criado um personagem para adoração de grande parte da classe média americana, mas que seu radicalismo não será colocado em prática, e sim propostas mais conciliadoras.
Agora investidores ficam de olho na próxima reunião do FED em Dezembro, com ainda grande possibilidade de aumento da taxa de juros americana. A incerteza aqui é que Trump já criticou por várias vezes a presidência do FED, o qual mandato se encerra somente em 2018, logo, há chances de que Janet Yellen saia do cargo antes do previsto, tendo em vista que Trump quer alguem mais “alinhado” a ele.
Portanto, temos algumas incertezas macroeconomicas a frente, principalmente para 2017. Já no que tange final de 2016, expectativa é que dólar feche moderadamente acima de R$3,20, enquanto no próximo ano, a estimativa é de R$3,40.
Para hoje o foco é dos Pedidos de Seguro-Desemprego (EUA) que será divulgado as 11:30.