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Efeito Eleições: Quais as Ações que Mais Perderam Valor na B3?

Publicado 25.11.2022, 09:37
IBOV
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IBRA
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SMLL
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PETR4
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VALE3
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IFIX
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BDRX
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Olá, pessoal! Após breve período de férias, esta coluna volta com pique total, sempre lembrando que ela sai sexta-feira sim, sexta-feira não. Como entrei em férias antes do segundo turno das eleições, resolvi traçar um panorama do que aconteceu com as ações da bolsa desde então. Analisei as 201 ações (e units) mais líquidas da bolsa brasileira, constituintes do índice Brasil Amplo (IBrA). Cabe lembrar que toda unit tem seu código terminado em 11 e representa um pacote de ações normalmente envolvendo ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN). Aliás, ações ordinárias possuem códigos terminados pelo algarismo 3 enquanto ações preferenciais podem terminar em 4, 5 ou 6. Por um lado, ações ordinárias dão direito a voto em assembleias de acionistas e, portanto, originam o controle de uma companhia aberta. Por outro lado, ações preferenciais têm prioridade no recebimento de dividendos, caso estes não sejam suficientes para abranger todos os acionistas da empresa.

Como a análise trabalha com um universo bastante amplo, alguns papéis podem ser desconhecidos por um ou outro investidor. Minha ressalva, caso você se decida por acompanhar alguns dos papéis mencionados a seguir, é a liquidez. Alguns deles têm liquidez muito menor daquela que estamos acostumados, como, por exemplo, em Petrobras PN (BVMF:PETR4), Vale ON (BVMF:VALE3) e tantas outras blue chips. Não menos importante, faço questão de frisar que nenhuma rentabilidade aqui apresentada é garantia de rentabilidade futura e não tenho o menor intuito de fazer indicações de investimento. Meu objetivo é simplesmente compartilhar esse tipo de estudo para que vocês tenham diferentes ferramentas de análise para tomar decisões de investimento cada vez mais bem embasadas.

Também lembro que utilizo retornos totais, ou seja, que incorporam eventuais dividendos, juros sobre capitais próprios (JSCP), desdobramentos, bonificações etc. Com isso, algumas das rentabilidades apresentadas a seguir podem não ser exatamente iguais à variação da cotação do papel no período em tela. Os dados para a análise me foram gentilmente disponibilizados pela plataforma Quantum Finance. Para aqueles que quiserem acompanhar todo o meu trabalho, fica o convite para me seguir no Instagram @carlosheitorcampani e no LinkedIn: vamos nos conectar por lá também?

Panorama geral do mercado de ações

Cabe ressaltar que esta análise conta com dados pós-eleições presidenciais, portanto desde 31 de outubro até o fechamento da última terça-feira (22 de novembro). A tabela abaixo mostra rentabilidades e volatilidades anualizadas de alguns índices relevantes da B3 (BVMF:B3SA3) no período pós-eleições.

Podemos perceber que apenas o índice de BDRs está no azul e isto se explica por se tratar de uma carteira de papéis de empresas sediadas no exterior, portanto bem menos (muitas vezes, quase nada) impactadas pelo cenário nacional. Além disso, como BDRs representam papéis negociados em bolsas internacionais, a subida do dólar no período deu uma ajuda extra para os 4,5% de rentabilidade no período em tela.

Os índices nacionais estão todos negativados, mas pode-se concluir que, em geral, as pequenas empresas sofreram mais que as blue-chips porque o índice de pequenas empresas (SMLL) caiu mais do que o Ibovespa, apresentando também maior volatilidade. O índice amplo, por abarcar mais ações de pequenas empresas do que o Ibovespa, acabou sendo puxado mais para baixo em relação ao principal índice da bolsa. Também podemos perceber que o índice de fundos imobiliários (IFIX) caiu um pouco menos do que o Ibovespa, mas com volatilidade consideravelmente inferior – uma característica esperada deste mercado em relação ao mercado de ações.

Quais os papéis que estão no azul no período pós-eleitoral

Apurei que a queda média dentre os 201 papéis analisados no período ficou em -8,4%. Apenas cerca de 17% da amostra analisada, mais precisamente 35 papéis, estão com rentabilidades positivas neste período. Na tabela abaixo, apresento a lista deles, com respectivas rentabilidades e volatilidades anualizadas no período pós-eleições.

Quais papéis que mais perderam valor no período pós-eleitoral

Dos 201 ativos constituintes do IBrA, a maioria absoluta (166 deles) perdeu valor no período pós-eleitoral. Compartilho na tabela a seguir os 27 papéis que perderam 20% ou mais.

Espero que tenham gostado. Escrevo com muito carinho e com o intuito único de compartilhar análises e temas que possam ser úteis a vocês. Jamais invista no escuro! Faça suas próprias análises e forme uma opinião própria e consistente antes de investir em uma empresa. Por fim, reforço o convite para me seguir nas redes sociais @carlosheitorcampani, pois compartilho bastante conteúdo de educação financeira, investimentos e previdência.

 

* Carlos Heitor Campani é PhD em Finanças, Professor do Coppead/UFRJ, Pesquisador da Cátedra Brasilprev em Previdência e Pesquisador da ENS – Escola de Negócios e Seguros. Ele pode ser encontrado em www.carlosheitorcampani.com e nas redes sociais: @carlosheitorcampani. Esta coluna sai a cada duas semanas, sempre na sexta-feira.

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