Aqueles brasileiros que ainda chamam o impeachment de “golpe” e soam como um disco riscado procuram insanamente motivos para pegar no pé de Michel Temer e sua equipe econômica que está há apenas 6 meses no governo. Já ouvi muito por aí:
- “Ué, a economia ainda está em recessão. O problema não era a Dilma?”
- “O desemprego continua a crescer. O golpe não ia resolver isso?”
A minha resposta é: O problema AINDA é a Dilma.
O descontrole fiscal – resultado de investimentos e políticas econômicas equivocadas como a política de conteúdo nacional no setor de petróleo e controle de preços – pôs a trajetória da dívida pública em um ritmo insustentável.
Ou seja, as políticas econômicas antiquadas de Dilma trouxeram o Brasil até aqui. E, agora, não há saída a não ser cortar gastos e aprovar a Reforma da Previdência. Não tem outro jeito. O Banco Central reduziu o juro na semana passada em 0,75 ponto percentual, levando a Selic para 13%. É mais do que todo mundo esperava e indica que o BC espera a aprovação das reformas fiscais.
O problema é que se a galera do “golpe” não deixar essa conversa para trás e melar as reformas podemos dar adeus ao tão esperado juro abaixo de 10%, como muitos estimam. A dívida pública em relação ao PIB – um indicador bastante acompanhado para medir a saúde econômica de um país – já chegou a 70% e vai continuar a subir.
Golpe é não aprovar as reformas fiscais e impedir o país sair dessa lama criada pelos governos anteriores. O povo brasileiro não aguenta mais pagar as contas de uma ideologia velha.