Já dizia a canção que “no balanço das horas tudo pode mudar” e mudou.
Permeados por indicadores econômicos que começaram na China e atravessam a manhã na abertura europeia, o bom humor de ontem com o ‘sinal’ dos EUA em relação à guerra comercial perde força.
A dominância chinesa neste momento acabou por suplantar o otimismo com resultado japonês de pedidos de máquinas, muito acima do topo das projeções médias dos analistas com 13,9% de alta em junho, 12,5% em 12 meses.
Isso e o atraso na taxação americana garantiram um dia positivo nos mercados asiáticos.
Porém, os aguardados dados de atividade econômica chinesa apresentaram resultado abaixo da expectativa e ainda que dentro da margem estatística, a maior frustração foi no anual da produção industrial terminada em julho, de 6% projetados para 4,8% real e vendas ao varejo de 8,6% projetados para 7,6% real.
Como se pode notar, mesmo que não agradem em termos de tendência, dada a sensibilidade dos mercados, as reações são potencializadas e certamente seriam diferentes em outro momento.
A manhã ainda conta com dados europeus, em especial da Alemanha, a qual registrou mais um PIB trimestral negativo após uma pretensa recuperação no primeiro trimestre, que tinha sido antecedido por 2 períodos seguidos de contração.
Com isso, o juro do Bund de 10 anos aprofundou ainda mais a mínima histórica, contribuindo para uma abertura negativa.
Para alimentar a percepção de risco, a curva de dois anos dos US Treasuries superou novamente a de 10 anos, disparando os alarmes de possível recessão nos EUA e o alarme eleitoral de Trump.
Localmente, enquanto o mercado estressa e o presidente se expressa como bem entende, o congresso avança com anuência da equipe econômica nas pautas importantes como a MP da liberdade econômica, com texto base aprovado por 345 votos a 76.
Estes são pontos essenciais ao país, pois dada a situação de nosso vizinho, os temores globais de recessão e a falta de soluções criveis para a atividade econômica fraca em diversas economias globais, o avanço com as reformas dá maior segurança para passarmos por uma possível crise.
No fim, a grande apara solta continua a ser a briga Pequim e Hong Kong.
Na agenda corporativa, destacam-se Brasil Pharma, Cemig, Copel, Embraer, Eneve, Even, EzTec, Gafisa, JBS, Kroton, Marfrig, Natura, Oi, Sabesp, SLC Agrícola, Ultrapar e Viavarejo.
No exterior, Prudential e Macy’s.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com reação aos dados econômicos abaixo das expectativas na China.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com Japão e adiamento da guerra comercial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com alta no minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com o desapontamento de dados chineses.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,99%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9676 / -0,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,116%
Dólar / Yen : ¥ 106,15 / -0,553%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,199%
Dólar Fut. (1 m) : 3966,33 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,30 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,39 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 23: 6,36 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,87 % aa (-0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,36% / 103.300 pontos
Dow Jones: 1,44% / 26.280 pontos
Nasdaq: 1,95% / 8.016 pontos
Nikkei: 0,98% / 20.655 pontos
Hang Seng: 0,08% / 25.302 pontos
ASX 200: 0,42% / 6.596 pontos
ABERTURA
DAX: -1,580% / 11564,53 pontos
CAC 40: -1,340% / 5291,20 pontos
FTSE: -0,689% / 7200,92 pontos
Ibov. Fut.: 1,38% / 103349,00 pontos
S&P Fut.: -0,890% / 2905,90 pontos
Nasdaq Fut.: -1,071% / 7665,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 77,49 ptos
Petróleo WTI: -1,66% / $56,15
Petróleo Brent:-1,13% / $60,63
Ouro: 0,45% / $1.508,23
Minério de Ferro: 0,11% / $95,11
Soja: 1,26% / $15,31
Milho: 1,09% / $370,00
Café: -0,73% / $95,70
Açúcar: 0,17% / $11,71