Desde que atingiu sua máxima histórica, o principal índice da bolsa brasileira vem renovando mínimas e perdendo pontos importantes de sustentação no gráfico diário, como a MME 200, a retração de 61,8% de Fibonacci, zonas importantes de topos e fundos com uma configuração de uma tendência de queda de médio prazo.
O plano de fundo para a queda vem sendo formado por um cenário doméstico nebuloso com crises institucionais, CPI e uma persistente ameaça à estrutura fiscal. A cena externa também está contribuindo com o quadro atual, com a desaceleração do crescimento da China e imposições regulatórias no setor imobiliário chinês que se desdobrou no emblemático caso da Evergrande (OTC:EGRNY), que vem aumentando a aversão ao risco de países emergentes, extremamente dependentes de commodities, como o Brasil.
O investidor, diante deste contexto, deve se perguntar: e se o pior acontecer? Respondendo a essa pergunta, traçamos um possível cenário negativo para o índice que se daria na configuração de uma figura de reversão de tendência.
Após teste da casa dos 107mil pts., o índice Ibovespa sugere, pelo gráfico semanal, uma possível formação de fundo com indicação de retorno as médias. O alvo deste movimento pelo gráfico diário está na região dos 117mil pts. e, caso venha a superar, teria objetivo nos 120mil pts., região da MMA 200 no diário. Essa configuração teria uma estrutura de OCO que, por sua vez, se confirmada na perda do patamar dos 107mil pts., projetaria alvo na região dos 83.500pts., conforme demonstro a seguir.
Portanto, o viés é majoritariamente negativo e, mesmo com uma eventual alta do mercado nos próximos dias, o momento é de cautela. Não sabemos para onde o mercado irá, porém é possível traçar alguns caminhos e a finalidade deste estudo foi apresentar um deles.
Hayson R Silva, CNPI-T