No curto prazo, o entendimento sobre a trajetória do dólar acaba ficando muito mais simples pois, se formos avaliar o dólar DX – que é o dólar da cesta de moedas – temos o Euro compondo 57,60% desta cesta. Ou seja, a composição é de, praticamente, 6 moedas de Euro para 1 de dólar, e entendendo que estas 6 moedas representam cerca de 24 países.
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Nos últimos meses, após várias injeções de liquidez na economia americana, com pacotes de auxílio emergencial, percebemos que o índice acabou perdendo muita força, conforme mostrado no gráfico abaixo. Houve uma desvalorização bem acentuada, e como consequência, um reflexo direto nos países emergentes, como é o caso do Brasil.
A partir deste momento vimos o dólar, perante o real, em uma desvalorização forte, saindo de R$ 5,80 e chegando a bater, no dia de ontem (16/06), basicamente em R$ 5,00.
Mas após os anúncios do reajuste da taxa de juros americana, da ata do Copom e do discurso do presidente do Banco Central Americano, Jerome Powell, o dólar ganhou força e acabou estressando o mercado.
Em uma rápida análise sobre o dólar index, percebemos que havia a necessidade de correção, já que sua queda era bem acentuada, conforme gráfico a seguir. Assim, se tivermos uma correção para o nosso dólar até a faixa de R$ 5,20 – o que é considerada uma correção saudável para a continuação da queda – no curto prazo conseguiremos ver a moeda americana voltando, novamente, ao ponto de R$ 5,00 e, possivelmente, a continuação deste movimento até buscar a região de R$ 4,80.
Quando falamos de curto prazo, o horizonte de previsão não é tão simples, seja pela marcação de preço ou até mesmo pelo contexto de mercado. Até porque nossa taxa de juros – Selic – foi elevada em 0,75 pontos percentuais, chegando em 4,25% ao ano.
Isso demonstra um mercado muito mais atrativo, gerando mais investimentos e trazendo mais recursos de capital estrangeiro para nós. Mas quando falamos de longo prazo, a conversa fica um pouco mais complexa, ainda mais se tratando do mercado de dólar. Um bom exemplo disso é o nosso próximo ano, 2022, em que teremos eleições presidenciais, o que pode gerar um grande estresse no mercado, muito em consequência das pesquisas eleitorais, e sem falar nos candidatos que o mercado prefere.
Contudo, gostaria de ressaltar que esta análise tem intuito educacional, de trazer a sensibilidade do mercado e de movimentos. Portanto, não se trata de recomendação de compra ou venda, mas sim um material informativo para o dia a dia dos investidores. Espero que goste!