Sem dúvidas que o mercado, após todos os dados que saíram nos últimos dias principalmente de inflação dos EUA, claramente se movimentou numa corrida para a compra de dólar. De todos aqueles investidores que entraram aqui no Brasil buscando a atratividade em relação ao aumento de taxa de juros brasileira, uma parte deles saiu no primeiro burburinho, já que o ciclo de alta parece estar chegando ao fim (últimos dados de inflação no Brasil já mostram uma inflação controlada) e agora a bola da vez é pegar todo o clico de aumento da taxa de juros nos EUA, isso sem contar que ainda há pela frente possíveis aumentos também lá na zona do euro, podendo este ocorrer já na próxima reunião em julho, fato que não ocorre há anos.
Hoje é a super quarta-feira, com a decisão da política monetária dos EUA e do Brasil, o mercado está em dúvida se a elevação é de 50 pontos-base (bps) ou 75 bps nos EUA. As probabilidades indicam que, se vier 50, podemos ver o dólar recuando um pouco já que tivemos uma alta da moeda Americana que precificou essa elevação. No entanto, se vier 75, haverá espaço para termos uma alta considerável podendo bater o 5,20 ainda nesta quarta-feira. Em relação a taxa no Brasil veremos o efeito apenas na sexta-feira 16, já que o número será divulgado quando o mercado estiver fechado e amanhã mercado não abre devido a feriado.
O único motivo do dólar ter caído abaixo dos R$5, chagando a R$4,61, foi a quantidade expressiva de investidores entrando no nosso mercado como há pouco citado, porém, era óbvio e dito em matérias anteriores que, apesar da queda acentuada, a cotação não ficaria assim por muito tempo. Ou seja, era questão de tempo para o dólar voltar acima dos R$ 5 reais novamente considerando tudo o que ainda está por vir com as eleições aqui no Brasil e suas muitas incertezas.
E nas incertezas, os investidores não tem dúvidas para se proteger em dólar. Não que o dólar não possa voltar a se estabilizar abaixo dos R$5 novamente recuando até R$4,50 ou R$4 mas, por mais que sim, isso ainda seja caro, com nossa taxa de juros podendo chegar a 14% ao ano, se no próximo ano, independente de quem for o presidente fizermos um trabalho bem feito, há um potencial enorme de crescimento principalmente pelo fato de termos a China estimulando sua economia como uma grande aliada internacional ao nosso lado. Poderemos assim nos beneficiar por sermos um grande exportador de comodities.
Seguindo de uma boa geração de empregos nos próximos anos, podemos ver o dólar em patamares muito mais atrativos que nos encontramos agora mas, novamente ressalto, a lição de casa precisa ser feita, se não podemos ver ele tocar a casa dos R$6 pela primeira vez.