A inflação acelerou. O Federal Reserve avisou. O Comitê de Política Monetária (Copom) também. Mas os investidores zombaram e não fugiram do risco. E agora, mercado? Mercado, e agora?
Está sem discurso para continuar o rali do fim de 2023. Os índices de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) e no Brasil (IPCA), ambos acima do esperado, sinalizam que cortes nos juros por lá e mais intensos aqui não são para já. Mas nada acabou.
Os ativos de risco marcham. Para onde? O único rumo seria cair na real. Com os preços esticados e um mercado “sobrecomprado”, o apetite não sacia. Os mercados resistem e não desistem. Sem ter onde repousar.
Agora é o petróleo que dispara, com ataques dos dois últimos impérios a rotas no Mar Vermelho. Mas os EUA e o Reino Unido não se cansam Os rebeldes do Iêmen não morrem. São duros e apoiados pelo Irã.
No meio do caminho, está a China. A balança comercial veio carregada. As exportações cresceram ao nível mais alto em 15 meses. O CPI chinês caiu pelo terceiro mês seguido. É a maior sequência de deflação desde outubro de 2009. O minério de ferro teve baixa.
A sexta-feira (12) ainda tem inflação ao produtor dos EUA em dezembro (10h30) e balanços de bancos norte-americanos.Bank of America Corp (NYSE:BAC), Citi e JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM) abrem a safra de resultados em Nova York. Os mercados se perguntam: e daí?
Nessa incoerência, já não podem corrigir, já não podem realizar. Mantêm as apostas de alívio nos juros dos EUA em março e de manutenção do ritmo de queda da taxa {{ecl-415||Selic } }depois disso. Mercado, até quando?