Com os recentes eventos políticos, a retração da economia, a incerteza do ajuste fiscal, o aumento do desemprego, o downgrade, a inflação alta, tudo aponta para um novo patamar de banda cambial.
Já tinha referido há dois meses, que o dólar estava preso numa banda de R$3,50 a R$4,00 no curto prazo, mas que poderia ser ajustada conforme o cenário político e econômico se alterasse ou se degradasse ainda mais.
O que assistimos foi a degradação das contas públicas, déficit de R$ 120 bilhões, a contração da economia contínua, o ajuste fiscal corre o risco de diminuir até zero, e assistimos mais ainda a degradação política com o impeachment e o caso do Cunha, alvo de buscas pela PF.
Hoje temos a reunião do FED, digo que existe uma probabilidade de 99,99% de subida de 0,25 pp com viés de subida que poderá não estar implícito no discurso que será feito.
Somando tudo isso é de se prever que o BC deixe deslizar a cotação do dólar para uma nova banda cambial, se não agora, pelo menos a partir de janeiro de 2016.
Penso que é de esperar uma banda de R$3,75 a R$4,25 com média nos R$ 4,00, nos primeiros meses de 2016, podendo sofrer novo ajuste no decorrer do ano e chegar ao final de 2016 numa banda de R$ 4,25 a R$ 4,75 com média nos R$ 4,50.
Esta projeção não calcula – como é óbvio – eventos que não possam estar previstos ou devidamente contabilizados. Há sempre a possibilidade de aumentos maiores. Com uma probabilidade ínfima, a cotação do dólar poderá ficar no final de 2016 nos R$ 4,25.
Agora o que me parece claro é que a cotação do dólar está com viés de subida e irá se manter.
Vamos ver...