O dólar ganhou força na última sexta-feira frente ao euro, ao iene e a outras moedas de referência após a divulgação dos últimos dados de emprego nos Estados Unidos, que revelam um grande aumento nos salários. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que em dezembro do ano passado foram criados 156.000 novos postos de trabalho nos Estados Unidos e a taxa de desemprego ficou em 4,7%.
Além disso, o governo afirmou que aumentou em 10 centavos a média do salário por hora, até US$ 26, com um ganho acumulado no ano de 2,9%. Esse dado sobre o crescimento do salário pode ter sido bem recebido nos mercados financeiros, o que impulsionou o dólar.
Por aqui, o dólar que vinha em queda nas últimas semanas, após formar uma nova zona de resistência próximo aos R$ 3,50, pode ter encontrado um suporte interessante novamente na zona dos R$ 3,19, que já funcionou como suporte no passado, como podemos ver no gráfico.
Se confirmada a entrada de compradores na confluência dos fatores fundamentais e técnicos, poderemos ter altas até a próxima resistência em R$ 3,28, que também coincidiria com a zona de rompimento do último canal de alta, o que poderia despertar o interesse dos vendedores novamente.
Poderemos ter altas mais significativas somente após o rompimento dos R$ 3,32. Se os R$ 3,19 forem perfurados, poderemos ter mais descidas até os R$ 3,10 que, segundo especialistas, poderá despertar novamente e intervenção do Banco Central para manter o dólar acima deste patamar e contribuir com a balança comercial, mantendo as exportações brasileiras interessantes no mercado global.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)