2016 está indo embora e junto com ele a volatilidade alta dos Mercados, como de costume acontece aos finais de ano. Para a grande maioria dos analistas que pudemos acompanhar nos últimos meses, dizendo que o Dólar poderia fechar o ano na casa dos R$ 3,40, infelizmente, olhando no gráfico, parece que essa expectativa está longe de acontecer.
Depois de uma forte esticada dos preços após a eleição de Donald Trump, o Mercado se consolidou numa faixa lateral compreendida entre o suporte nos R$ 3,32 e na resistência nos R$ 3,50. Porém, nos últimos dias, com o avanço no cenário político em relação a reforma da previdência e com medidas econômicas de estímulo, o Mercado parece ter reagido bem, dando um respiro ao rally de alta.
Uma das medidas que mais chamaram a atenção foi a mudança da regra do rotativo, os temidos juros do cheque especial cobrado pelos bancos. Esta mudança poderá ser regulamentada já no início de janeiro, reduzindo drasticamente o juros cobrados por quem atrasa ou não quita a fatura. Isto poderá estimular o consumo no varejo.
Partindo-se para a análise gráfica, notamos como 2016, em sua grande maioria, foi dominado pelo vendedores, que desenvolveram uma tendência de baixa levando os preços próximos dos R$ 4,00 para R$ 3,10. Somente neste último trimestre que o Dólar reagiu, rompendo para fora do canal e atingindo os R$ 3,50.
No momento da análise, considerando-se principalmente os últimos dois pregões da semana (quinta e sexta), podemos ter o rompimento dos R$ 3,32 que, se confirmado, poderá desencadear vendas até os R$ 3,20.
O sinal de alerta poderá se acender se a cotação chegar novamente na mínima do ano, próxima aos R$ 3,10, onde o Banco Central, segundo analistas do Mercado, atuou nas últimas 2 quedas para segurar o Dólar acima deste nível, de forma a contribuir com a Balança Comercial brasileira estimulando as exportações.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)