O comportamento do dólar e os indicadores técnicos continuam sendo os principais fatores de influência na formação dos preços futuros do café. O índice externo do dólar sofreu perdas nos últimos dias, mas ainda continua em patamar valorizado, superior a 100 pontos, o que, em tese, desfavorece o mercado das commodities.
No âmbito doméstico, a divisa norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 3,0841, com perda de 0,8% no acumulado da semana, devido ao fluxo de entrada de recursos estrangeiros. A tendência de fortalecimento do real, por sua vez, impacta negativamente a formação dos preços pagos aos produtores.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4840 por libra-peso, com discreta alta de 25 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento março do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.179 por tonelada, acumulando valorização de US$ 20 frente à última sexta-feira.
No que se refere ao impacto das condições climáticas no desenvolvimento dos cafezais brasileiros, o quadro abaixo (clique para ampliar) resume informações levantadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) junto a agentes do setor, até 10 de fevereiro.
Segundo a Climatempo, para as próximas semanas há previsão de redução do volume de chuvas sobre o cinturão cafeicultor do Brasil. Esse cenário favorece melhora das condições fitossanitárias. A Somar Meteorologia acrescenta que as precipitações sobre o Espírito Santo, embora reduzidas, serão suficientes para minimizar as perdas de umidade do solo.
No mercado doméstico, os negócios continuaram fracos devido à queda dos preços. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 501,31/saca e a R$ 439,16/saca, respectivamente, com variações de -2,2% e -3,8%, em relação ao fechamento da semana anterior.