MERCADO INTERNACIONAL - OURO
O conjunto de indicadores abaixo do esperado nos EUA levou o mercado a encerrar o primeiro pregão da semana a US$1196, com Dow Jones caindo novamente abaixo dos 20.000 pontos, marca quebrada na ultima semana.
Deste modo, onça valorizou 6 dólares (0,50%) com mercado dando sinais mistos e confusos sobre o que será o ano de 2017.
Como o atual otimismo possui pilares não tão bem fundamentados, principalmente pelas inconstâncias políticas, o mercado ainda emite sinais de que não há uma tendência definida, já que ele é dependente, única e exclusivamente, de boas notícias vindas da terra do Tio Sam, já que na Europa e Ásia o cenário não esta muito confortável.
Caso a decisão do Comitê de Politica Monetária dos EUA (FOMC) opte pelo não aumento da taxa de juros, poderemos ver a onça acima de US$1200, mas ainda com ganhos limitados pelo eminente aumento dos juros que veremos a frente, principalmente em Março e Julho.
Já no cenário interno, a desvalorização mais acentuada do dólar, mesmo que com o aumento moderado da onça, o ouro rompe os R$120 o grama, atingindo R$118,45 no fechamento da BMF, menor patamar desde 26 de dezembro de 2016.
MERCADO NACIONAL - OURO
BMFBOVESPA – R$118,45 (Fechamento 30/01 -1,29%)
DÓLAR
A moeda americana teve um novo dia de queda significativa, desvalorizando 0,77%, cotado no final do dia a R$3,1276, atingindo o menor nível desde a ultima semana de outubro de 2016, período este que registrou preço de R$3,10.
O mercado ainda esta nitidamente sentindo os desdobramentos da divulgação do PIB americano com numero abaixo do esperado, o que da maior força a possibilidade de não aumento da taxa de juros na primeira reunião do FOMC.
Além disso o número de Renda Pessoal e Gastos divulgados na segunda-feira foi abaixo do esperado, o que diminui ainda mais a perspectiva de pressão inflacionária, efeito contrário ao necessário para aumento da taxa de juros.
No cenário brasileiro, como já era esperado, a prisão de Eike não surtiu em nenhum tipo de efeito, com mercado ainda na perspectiva de maiores entradas de fluxos cambiais no país, através da captação de recursos por empresas brasileiras, além da atuação do BC do Brasil, com a rolagem de seus contratos, o que significa que ele poderia intervir para limitar uma eventual alta expressiva da moeda americana.
Além disso a projeção do IPCA (inflação) no Brasil foi reduzida além de manter projeção de alta do PIB para este ano em 0,50%, o que reforça a possibilidade de fim da recessão economica e corte da SELIC.
Para esta terça-feira (31/01) além de ser um dia mais agitado por conta da PTAX do mês de janeiro, como indicadores centrais americanos destaca-se Chicago PMI (12:45) e Confiança do Consumidor (13:00).
Expectativa maior segue sendo para o primeiro dia de fevereiro (quarta) com a reunião do FOMC.