Uma rádio brasileira dizia nos anos 2000 que: “em vinte minutos, tudo pode mudar” e foi algo semelhante que ocorreu desde a semana passada, com a série de eventos em nível global atingindo aos mercados.
A queda de Kwarteng no Reino Unido, além do alívio nos títulos britânicos, trouxe a percepção de que o fiscal não deve sofrer, pois a primeira-ministra, Liz Truss não deve seguir em diante com os planos econômicos, sob pena de sofrer o mesmo destino de seu agora, ex-chanceler.
Hunt, o novo chanceler já anunciou praticamente a reversão de todas as propostas de Truss, gerando alívio na GILTS.
Este foi o ponto dominante das expectativas do mercado na semana que passou, além do início da reunião do Politburo na China, a qual deve reconduzir Xi JinPing como ao posto máximo do governo chinês.
No seu discurso, a expectativa era de sinalizações sobre o futuro da atual política sanitária, a qual tem gerado extremas restrições à economia chinesa, porém isto não ocorreu e a citação da retomada de Taiwan, em meio aos eventos na Ucrânia acende uma série de “luzes amarelas” na questão geopolítica.
Aliás, no final de semana, a China pediu a saída de seus cidadãos da Ucrânia, com temores de eventos de ordem nuclear na região, elevando as tensões ainda mais e incrementando a nossa atenção aos eventos desta ordem.
Na questão econômica, a serie mais positiva de balanços corporativos nos EUA começam a redesenhar as perspectivas de recessão no futuro, além de uma serie de dados positivos na semana anterior, adicionados ao CPI substancialmente mais forte do que as expectativas.
Neste cenário, a inevitabilidade de elevações de juros mais longevas nos EUA começa a ser parte cada vez mais presente do cenário e dada a resiliência da economia americana em diversos aspectos, especialmente o mercado de trabalho, o Fed está literalmente sem escolha neste momento.
Localmente, os indicadores econômicos seguem a linha igualmente resiliente em termos de atividade econômica, com a superação das projeções no índice de serviços, mas com o contraponto de uma inflação que pode ser considerada controlada, seguindo a descompressão global de commodities.
Atenção hoje aos IPC-S semanal, IBC-Br, Focus e nos EUA, Empire Manufacturing e Monthly Budget Statment.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, especialmente após os anúncios do novo chanceler Hunt no Reino Unido.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, entre os temores de recessão e a manutenção de juros de médio prazo na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, sem o mercado de minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com a redução da força global do dólar, ajudando a commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,66%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,326 / 1,11 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / 0,309%
Dólar / Yen : ¥ 148,66 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,13 / 0,958%
Dólar Fut. (1 m) : 5347,27 / 1,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,61 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 24: 12,88 % aa (0,59%)
DI - Janeiro 26: 11,63 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 27: 11,62 % aa (0,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,9490% / 112.072 pontos
Dow Jones: -1,3446% / 29.635 pontos
Nasdaq: -3,0778% / 10.321 pontos
Nikkei: -1,16% / 26.776 pontos
Hang Seng: 0,15% / 16.613 pontos
ASX 200: -1,40% / 6.664 pontos
ABERTURA
DAX: 0,709% / 12526,02 pontos
CAC 40: 0,762% / 5977,14 pontos
FTSE: 0,641% / 6902,73 pontos
Ibov. Fut.: -2,04% / 114096,00 pontos
S&P Fut.: 1,38% / 3647 pontos
Nasdaq Fut.: 1,315% / 10911,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 113,65 ptos
Petróleo WTI: 0,70% / $86,21
Petróleo Brent: 0,69% / $92,26
Ouro: 0,77% / $1.657,70
Minério de Ferro: -2,26% / $91,65
Soja: -0,14% / $1.384,00
Milho: -0,25% / $689,75
Café: 0,79% / $198,80
Açúcar: -0,58% / $18,84