Hoje seguimos monitorando os assuntos acima.
O dólar à vista fechou ontem em alta de 0,45%, a R$ 5,6367, impulsionado por chances de redução mais acelerada de estímulos nos Estados Unidos e temores sobre a nova variante do coronavírus, a ômicron. Mas, a moeda americana chegou no pior momento a ser cotada acima de R$ 5,67.
Temores sobre a variante ômicron se espalham pelo mundo e derrubaram ativos de risco. Moedas de segurança, como iene e franco suíço, subiram ontem evidenciando uma postura defensiva dos investidores.
O chairman do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que em dezembro o colegiado discutiria antecipar a conclusão do processo de redução de estímulos. A consequência disso é um enxugamento mais rápido de liquidez no país implicando em uma menor oferta de dólares e, com menor disponibilidade da moeda no mercado, o preço sobe.
Powell disse também que a inflação não parece ser mais transitória. Se os juros sobem nos EUA, os investidores podem migrar seus recursos para lá, inclusive os que estão investindo aqui. Mercado teme que os juros dos EUA subam ainda no meio de 2022.
O mercado vai monitorar com atenção ainda o encaminhamento da PEC dos Precatórios ao Senado, depois de o projeto ter sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa. O medo dos investidores é o risco de o governo lançar mão de alternativas como um novo Orçamento de Guerra para financiar o Auxílio Brasil.
A PEC dos Precatórios, medida prioritária para o governo por permitir a abertura de mais de R$ 100 bilhões de espaço fiscal e possibilitar o pagamento do novo programa social Auxílio Brasil, será o primeiro item da pauta do Senado hoje.
Na zona do euro, a inflação cresceu 4,9% ao ano em novembro, nível que pode adiantar os planos de aperto monetário pelo BCE. Hoje, temos PMI industrial de novembro da zona do euro.