O dia foi ontem de expectativa de altas mais agressivas de juros nos EUA. Os mercados monetários passaram a considerar até cinco altas de 0,25 ponto percentual até o fim do ano.
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O PIB dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 6,9% no quarto trimestre de 2021, acima da previsão de 5,5% dos analistas. Após o dado, aumentaram apostas de elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA.
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Como já é comum por aqui, volatilidade imperou e a moeda norte americana oscilou entre R$ 5,3538 na mínima do dia e R$ 5,4362 na máxima. A moeda fechou o dia cotada a R$ 5,4247 na venda. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,90%, a 97,255 pontos.
O real continua se beneficiando por fluxos recentes a mercados "descontados", com o Brasil aparecendo entre os primeiros lugares da fila. A estabilização das perspectivas para a China teve papel central no fortalecimento dos ingressos a emergentes e logicamente também a moeda brasileira.
Os estrangeiros estão sendo atraídos pela perspectiva de alta de mais 150 pontos da Selic, a 10,75% ao ano, na próxima semana, e pela percepção de que o aperto monetário do Banco Central deverá se estender por mais tempo, além da reunião de março do Copom.
A política monetária americana continua a ser o motor dominante das tendências para o câmbio e, por enquanto, é tudo sobre o Fed e o punhado de bancos centrais que já começou a subir as taxas de juros.
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No momento vemos no mercado futuro um desmonte de posições cambiais defensivas em meio ao fortalecimento do petróleo e alta das commodities metálicas, que beneficiam mercados emergentes exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
Bons negócios a todos e ótimo fim de semana!