E lá vamos nós para mais um dia turbulento no câmbio. Ontem, as vendas no varejo dos EUA aumentaram um pouco mais do que o mercado previa, e com isso ainda está na pauta a possibilidade de aumento de juros por lá.
Seguindo de olho no exterior, a China vem causando temor na economia brasileira. Dados mais fracos por lá novamente trazem insegurança quanto a recuperação do gigante asiático pós-Covid. O Banco Central da China cortou os juros, na tentativa de sustentar a atividade econômica. Esses dados chineses piores do que o esperado fazem com que países exportadores de commodities sejam penalizados no câmbio. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,9878 para venda.
Sobre o cenário interno, temos por aqui o arcabouço fiscal, que volta a ser tema de discussões na Câmara, desta vez adiado para a próxima semana. Uma sinalização mais clara para a estabilidade fiscal brasileira pode dar algum fôlego ao real. Quanto aos juros, seguimos com a mesma teoria: juros cairão aqui (só que não tão rápido e nem tanto), enquanto nos EUA os juros podem se manter ou subir.
Esse diferencial menor a favor do Brasil pesa na cotação do dólar. Só que temos agora um novo componente para analisar quanto a trajetória futura da Selic, o aumento dos combustíveis anunciado ontem pela Petrobras (BVMF:PETR4) (16,3% nos preços médios da gasolina e de 25,8% nos do diesel vendidos a distribuidoras, a partir de hoje). Esse aumento terá impacto no IPCA em 0,4 entre agosto e setembro, e portanto teremos que ver como o BC verá esse dado para conseguir seguir com os cortes na taxa de juros.
Hoje, no calendário econômico, na Europa veremos o PIB trimestral e a produção industrial de junho. Nos EUA, vamos ter as licenças de construção e produção industrial de julho e, o principal, a leitura da Ata do Fed, que pode dar alguma pista sobre os próximos passos dos juros no comitê de política monetária americano.
Well, bons negócios, turma, e muito lucro a todos!