Bom dia mercado de câmbio! Hoje o dia promete volatilidade. Para começar vamos informar que o dólar à vista fechou o dia ontem, cotado a R$ 4,9462 para venda, segundo informado pelos operadores da Getmoney.
Hoje teremos um pregão “animado” pela briga entre comprados e vendidos na tentativa de puxar a Ptax de janeiro para o patamar desejado por eles. A Ptax é a taxa de câmbio de referência para os ajustes de contratos cambiais e balanços corporativos.
Para apimentar o cenário, conheceremos a decisão de juros do comitê de política monetária norte americano (Fomc, na sigla em inglês), que deve manter a taxa no mesmo nível atual. Na faixa entre 5,25% e 5,5%.
Na sequência, o mercado estará atento ao comunicado do Fomc e, com isso, lendo para quando se dará o início do ciclo de cortes. A atividade econômica dos EUA tem surpreendido para cima e o mercado de trabalho ainda está bem robusto, o que pode indicar que os juros devem ficar mais altos por mais tempo, ou seja, adiar um pouco o início dos cortes. Ontem, os dados do mercado de trabalho por lá vieram bem fortes, ou seja, seria prematuro cortar os juros em março. Essa declaração pode chacoalhar o mercado de câmbio.
Após fechamento do mercado, sairá a decisão de juros daqui do Brasil, a nossa taxa Selic. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que faria dois cortes de 0,5 ponto percentual. Se tudo vier como esperado, a nova taxa de juros Brasil passará a ser 11,25%. As atenções aqui são sobre a inflação de serviços e o risco fiscal.
No exterior, as guerras seguem trazendo incertezas geopolíticas e elevando os custos de fretes, no caso do Mar Vermelho.
Calendário econômico para hoje aqui no Brasil sairá a taxa de desemprego, o índice de evolução de emprego do Caged, o fluxo cambial estrangeiro e após o fechamento do mercado a decisão de taxa de juros.
Nos EUA, acompanharemos a variação de empregos privados de janeiro (ADP), o PMI de Chicago, a decisão de juros e na sequência, a declaração do Fomc e a coletiva de imprensa de Jerome Powell, chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Bons negócios e muito lucro a todos.