Hoje, teremos as divulgações da taxa de juros dos EUA às 16 horas (de Brasília) e da Selic após o fechamento do mercado. Pelo andar da carruagem, não devemos ter surpresas, a taxa de juros dos EUA deve aumentar 0,25%, ou seja, diminuir o ritmo, e a Selic deve ser mantida em 13,75%. E o que significa isso para o câmbio? Ponto para o real que, pelo diferencial de juros (carry trade), deve continuar atraindo capital do exterior para nossa Bolsa de Valores e para investimentos aqui no Brasil. Além disso, a abertura da China está ajudando as moedas de países emergentes.
Mas… tudo depende da nossa política. O Brasil reage fortemente a ruídos políticos! Porém, ontem, as falas foram bastante positivas para o real. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou, em evento promovido pelo Credit Suisse (SIX:CSGN), que não há discussão no Ministério da Fazenda sobre uma eventual mudança na meta para a inflação. Além disso, disse que o novo arcabouço fiscal do país deverá apontar uma trajetória para a dívida pública e usar o resultado primário como instrumento, com uma regra que mostre o horizonte do gasto público. O mercado gostou e o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0761 para venda.
Como os cenários de juros aqui e nos EUA já estão praticamente traçados para hoje, o foco deve ficar no comunicado do Banco Central aqui, em meio a uma alta recente das expectativas de inflação. E a coletiva de imprensa do FOMC sobre sinalizações do futuro de seus próximos passos.
O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) também se reúnem nesta semana para decisões de juros.
No calendário para hoje, além das taxas de juros, vamos conhecer o PMI industrial, IPC e taxa de desemprego da Europa (antes de abrir o mercado aqui). No Brasil, IPP de dezembro e PMI industrial de janeiro. Nos EUA, o PMI industrial e ADP (variação de emprego privado) de janeiro.
Ótimos negócios a todos!