Bom dia e boa semana, mercado do câmbio! O dólar à vista encerrou a semana passada cotado a R$ 5,0313 para venda. Muita realização de lucro por parte de exportadores após a moeda ter subido muito na parte da manhã e mercado reagindo bem a decisão do Banco do Povo na China.
Notícia boa para exportadores de commodities foi que o presidente do Banco do Povo da China disse que o país promoverá uma recuperação econômica sustentada, concentrando-se na expansão da demanda doméstica, e vai reduzir os custos de financiamento para empresas e indivíduos.
Já por aqui, o desempenho fraco do IBC-Br confirmou a avaliação de que o Copom deve seguir cortando a Selic em 0,5% nas próximas reuniões, afinal essa prévia do PIB de agosto é lida como fraqueza da economia no terceiro trimestre. O ministro da economia, Fernando Haddad, segue buscando alternativas para aumentar a arrecadação, como o projeto de lei que prevê a taxação das offshores e dos fundos exclusivos, numa tentativa de zerar o déficit fiscal primário no fim do próximo ano. Não acho que isso será possível. O mercado deve acompanhar a pauta fiscal de perto.
No cenário mundial, segue a incerteza sobre os desdobramentos da guerra no Oriente Médio e possível escalada do conflito. Se isso ocorrer, petróleo sobe e o dólar também. A questão é o que falará mais alto, a corrida ao dólar por ser um porto seguro para o investidor em momentos de aversão a risco ou o déficit fiscal americano que está muito alto e cria riscos para o dólar. Na semana passada, o retorno dos treasuries de 10 anos subiu mais de 6% e isso é também reflexo da ajuda dos EUA a Ucrânia e Israel. O déficit vai aumentar por lá com mais saídas desses recursos. E nesta semana se inicia o período de silêncio por parte do Fed, pois é o período que antecede a decisão de taxa de juros por lá, decisão que será divulgada no dia 1/11.
Para hoje no calendário econômico veremos o tradicional Boletim Focus aqui no Brasil, Na Europa, vamos conhecer a confiança do consumidor de outubro.
Bons negócios a todos e muito lucro!