Desta vez, rompemos a barreira dos R$ 4,90. O dólar à vista fechou ontem o dia cotado a 4,8891.
O mesmo motivo que já tenho citado nos últimos dias, o diferencial de juros entre Brasil e EUA, que favorece os investimentos de estrangeiros.
Exportadores também seguem aproveitando as cotações em níveis ainda elevados para internalizar recursos.
Internamente, a agenda do dia foi esvaziada, o que manteve os investidores na expectativa pela tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso.
O mercado está muito animado com os juros altos e com o arcabouço com algum tipo de punição a ser aplicada caso o governo não cumpra a meta fiscal. Vamos aguardar para ver…
Olhando para o exterior, temos que os bancos centrais de todo o mundo estão tentando controlar a inflação descontrolada com suas políticas monetárias. Nos EUA, enquanto a inflação recuou lentamente de seus picos, o mercado de trabalho permaneceu robusto, razão pela qual os salários aumentaram constantemente.
Atualmente, o indicador diz que a probabilidade de recessão nos próximos 12 meses é de 68,2%. Nos últimos 40 anos, a probabilidade de uma recessão nos EUA nunca foi tão alta. O setor bancário está em crise e outras instituições financeiras correm o risco de serem liquidadas simplesmente por causa da saída de capitais. O mercado imobiliário comercial entra em colapso, enquanto o financiamento caro de acompanhamento e as obrigações de pagamento adicionais para depósitos de segurança cada vez menores se tornam um problema. Isso pode abalar os setores bancário e imobiliário.
Entre dirigentes do BC americano, Raphael Bostic, presidente da distrital de Atlanta, indicou que optaria em princípio por manutenção dos juros em junho, mas não descartou novos aumentos diante da inflação. Já Neel Kashkari (Minneapolis) comentou que "provavelmente" ainda há mais a fazer pelo Fed para conter a inflação "obviamente ainda muito acima" da meta de 2%.
No calendário econômico para hoje, veremos o crescimento do setor de serviços aqui no Brasil. Na Europa, o PIB. Nos EUA, o núcleo de vendas do varejo e produção industrial, além de discursos de Bostic e Williams, membros do Fomc.
Aproveitem o momento do real! Bons negócios e muito lucro a todos!