Resumo da semana
Mercado com uma elasticidade de 44% maior que média do mês de dezembro, o impacto foi percebido na volatilidade do mercado de cambio nessa primeira semana de negociação.
Outro ponto para se destacar foi o volume financeiro da primeira semana de negócios que ficou 39% maior que a média dos anos anteriores, na casa de 92 B (2021) contra 65 B (2020) e 68 B (2019) considerando o mesmo período.
Importante constatação foi o descolamento do Real x Dólar, com a moeda americana apreciando 2,4%, quando outras moedas emergentes fizeram o movimento contrário. Esse fato se deve muito ao cenário interno da política brasileira que somando a outros assuntos podemos chamar de FATOR Brasil.
Rendimento dos títulos americanos de 10 anos, tiveram rendimentos de 20 BP (Bases Points), com esse movimento abrupto certamente beneficiou o dólar devido à sua correlação geralmente positiva à oscilações nas taxas de juros.
Na terça-feira (5), o Tesouro fez leilão de NTN-B com vencimentos em 15/08/2026, 15/08/2030 e 15/05/2055, que deixa de ser híbrido, ou seja, cada vencimento passará a ser ofertado individualmente.
Na quinta-feira, oferta de LFT (01/03/2022 e 01/03/2027), NTN-F (01/01/2029 e 01/01/2031) e LTN (01/04/2022, 01/01/2023 e 01/07/2024). Esses movimentos têm impacto direto na curva de juro por consequência afeta o câmbio pois se pensarmos a estrutura é como uma “engrenagem” as peças se encaixam para fazer a roda girar.
Entre quinta-feira e sexta-feira, o preço do Real seguiu correlacionado com a movimentação externa frente ao dólar com movimento mais direcional.
Na sexta-feira, tivemos a divulgação dos dados da Produção Industrial Brasileira em novembro que teve uma boa recuperação alta de 1,2%. Essa é uma boa notícia e se existe alguma recuperação em “V” é no setor industrial (ver imagem abaixo). Com o câmbio desvalorizado a indústria se beneficia com a competitividade dos produtos nacionais no exterior, além de substituir importação bens industriais por produção local e juro muito baixo que impacta frontalmente a construção civil que demanda muitos insumos da indústria.
Hoje, podemos ter uma continuidade de alta da moeda americana, onde os títulos Americanos continuam ditando o clima em torno do dólar, relegando um pouco as preocupações onipresentes em torno da pandemia.
Nessa manhã, o dólar sobe +0,50% em relação as principais moedas emergentes.
Índice dólar (DXY) – Alta de +0,35%
Índice VIX – Alta de 9,74%
Abertura, podemos esperar uma abertura com GAP de alta do dólar futuro (DOLG21) em relação ao fechamento anterior em R$5.424,50.
Pontos de atenção para Cima: 5.475 até 5482 | 5496 | zona de decisão 5.517 a 5.522 | depois 5.578.
Pontos de atenção para Baixo: Movimentos de correção das pernadas de alta e claro se o cenário mudar e resolver cair olhar para: 5.403,50 | 5.375 até 5.370.
Bons negócios para todos.