Bom dia, mercado. Não me critiquem por desejar um bom dia. Pelo menos, torcer para que tenham lucros e bons negócios eu posso. Vamos aos acontecimentos. A fala de Jerome Powell, que reconheceu em audiência no Congresso dos EUA que uma recessão é "certamente uma possibilidade" na maior economia do mundo deixou mercado em situação de aversão a risco. Os bancos centrais de países desenvolvidos estão priorizando o combate à inflação em detrimento do crescimento da economia e do desemprego.
O aumento de juros nestes países pressiona negativamente os preços dos ativos financeiros e das commodities, e prejudica exportadores de commodities como nós.
A economia norte-americana já apresentou retração de 1,4% no primeiro trimestre. Se ela não voltar para o terreno positivo no segundo trimestre, os Estados Unidos estarão, tecnicamente, em recessão, já que bastam apenas dois trimestres consecutivos de crescimento negativo para atender a definição.
Por aqui, riscos fiscais brasileiros colaboraram para a valorização do dólar. As discussões em torno de possíveis medidas do governo para compensar a alta dos preços dos combustíveis no ano eleitoral, como elevação do Auxílio Brasil e aumento no valor do vale-gás fizeram mercado ficar tenso também.
Continuaremos a ver alta volatilidade no mercado de câmbio.
Hoje. no Brasil. teremos IPCA 15, confiança do consumidor de junho e IED (investimento estrangeiro direto) de março e também fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, confiança do consumidor e venda de casas novas.
O dólar à vista subiu em 11 de 13 pregões e está acima de suas médias móveis lineares de 50 e 100 dias, se aproximando do nível técnico de 200 dias de R$ 5,252. Se romper, pode ser que a divisa norte americana suba ainda mais. O dólar fechou ontem cotado a R$ 5,2291 a vista.
E hoje? Rompe R$ 5,25? Deixe seu palpite nos comentários.
Ótimo final de semana a todos e oremos pelo fim da Guerra na Ucrânia, pelo fim da Covid e por paz na política brasileira.