Hoje vamos observar o mercado de câmbio para ver se o movimento de valorização do real é constante e a taxa de câmbio firma abaixo de R$ 5,00 ou se acontece um rebote e o câmbio tem um dia de realização de posições.
Ontem o dólar à vista fechou em baixa de 0,94%, a R$ 5,0033, chegou a operar na mínima intraday a R$ 4,9944.
O IPCA-15 de fevereiro divulgado veio mais alto que o esperado e endossou apostas em uma Selic mais elevada, o que poderia aumentar os já altos retornos de contratos de real, que estão em cerca de 12% na medida de um ano.
O dólar cai 5,70% em fevereiro e 10,23% no acumulado de 2022, dando ao real o melhor desempenho em ambos os períodos. E a grande responsável por isso é a taxa de juros alta por aqui e as altas que estão por vir na Selic.
Continua o movimento de busca de investidores internacionais por ativos considerados descontados e com maior potencial de rentabilidade.
O índice de força relativa de 14 dias (IFR-14) operava em torno de 22 na data de ontem. Valores abaixo de 30 costumam ser associados a uma desvalorização excessivamente rápida do preço de um ativo (no caso, o dólar). Em relação ao câmbio, quanto mais abaixo de 30, mais o dólar estaria com excesso de fraqueza, o que aumentaria proporcionalmente chances de uma correção para cima.
Na agenda de hoje, terá a divulgação da taxa de desemprego no Brasil. Já nos EUA sairá o PIB trimestral e pedidos iniciais por seguro-desemprego. O mercado também acompanhará o discurso de Raphael Bostic, membro do Fomc, e de Isabel Schnabel, do Banco Central Europeu.
Bons negócios a todos.