Foi uma sessão de clima cauteloso ontem no mercado de câmbio brasileiro. Investidores estão preocupados com a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. A invasão russa é uma possibilidade crescente. A moeda americana subiu em bloco no mundo.
O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,507 com aversão a risco. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou, com o iene também se valorizando, em quadro de busca por segurança. O DXY fechou em alta de 0,29%, em 95,918 pontos.
Para ajudar no clima cauteloso está a proximidade da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que começa hoje e termina na quarta (26). Boa parte do mercado aposta que a autoridade vai sinalizar pelo menos quatro altas nos juros (hoje próximos a zero) ao longo deste ano, com o objetivo de controlar a inflação nos EUA.
No Brasil, o cenário para o câmbio continua volátil, devido à incerteza fiscal. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o Orçamento de 2022 com a previsão de 1,7 bilhão de reais para reajustes de servidores públicos e 4,9 bilhões de reais para alimentar o fundo eleitoral, mas promoveu um veto de 3,2 bilhões de reais com o objetivo de recompor verbas de pessoal.
Agenda de hoje teremos a confiança do consumidor aqui e nos EUA.