Bom dia, mercado do câmbio! Terminamos o último pregão, no pré-feriado, com o dólar à vista cotado a R$ 4,9731. O que fez preço foi a queda dos treasueries (taxas de juros dos títulos norte-americanos) e avanço das cotações do minério de ferro. Houve bastante realização de lucro, afinal a moeda estava super valorizada pela “puxada” da Ptax e os ruídos em torno da meta fiscal com as recentes falas do presidente Lula de que o déficit zero não é tão importante.
A decisão de juros nos EUA pesou pouco, uma vez que já era a expectativa de praticamente todo o mercado essa manutenção entre 5,25% e 5,50% ao ano. No comunicado, Jerome Powell manteve tudo em aberto e afirmou que vai levar em conta os efeitos do aperto monetário sobre a economia para ver o que fará na próxima reunião. Hoje poderemos ver menos liquidez, num pregão pós-feriado e pré-fim de semana.
A reação no câmbio deve ser bem pouco em cima do Copom, que como previsto cortou em 0,5 pp a taxa de juros, mas só foi divulgado após o fechamento do mercado. Nossa Selic atualmente está em 12,25% ao ano. O Banco Central considerou bastante o internacional no comunicado. Foi falado sobre a importância do efeito da alta recente dos juros longos nos EUA para o cenário doméstico. Já olhando para dentro, o Comitê manteve a defesa da execução das metas fiscais pelo Brasil. Para quem acredita em Papai Noel, pode aproveitar e acreditar em meta fiscal neste governo.
No mercado, hoje estaremos atentos aos dados do Payroll, que devem fazer o preço no câmbio. No internacional, as guerras na Ucrânia (boa parte do pessoal já esqueceu que continua) e a guerra no Oriente Médio.
No calendário econômico para hoje teremos no Brasil o IPC da Fipe e o fluxo cambial estrangeiro. Na Europa, a taxa de desemprego de setembro. Nos EUA, sairá o dado que impactará mais no câmbio, o Payroll (relatório de emprego não-agrícola) de outubro, além da taxa de desemprego e os PMIs de outubro.
Ótimo final de semana, muito lucro para todos e que venha a paz no mundo.