E hoje, devido à greve dos servidores do Banco Central, não serão divulgados o Boletim Focus e o IBC-Br. Na falta das expectativas sobre inflação do Focus, o IGP-10, da FGV, trará amanhã mais dados sobre a alta de preços. O indicador dá uma leitura complementar ao IPCA divulgado na última semana que mostrou desaceleração, mas ainda está em níveis elevados.
Nesta semana investidores estarão atentos para os dados das vendas e lucros do varejo, além dos comentários de dirigentes do Federal Reserve, incluindo seu Presidente, Jerome Powell, em busca de pistas sobre o futuro caminho das taxas de juros. Amanhã Powell tem uma fala, na qual deve reforçar que o banco central dos EUA realizará um aumento de meio ponto percentual nas taxas de juros em cada uma de suas próximas duas reuniões.
Estamos em um ambiente de aversão aos riscos. Dar um passo para trás, deixar a volatilidade seguir seu curso, faz muito sentido para os investidores mais conservadores.
Na sexta feira observamos fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira, em dia marcado por valorização das commodities agrícolas e metálicas, e para renda fixa local, dado o diferencial de juros interno e externo. Com isso o dólar à vista fechou a semana cotado para venda em R$ 5,0575. Os ganhos do dólar em maio agora são de 2,32%. Em 2022, a divisa acumula perdas de 9,30%.
Para esta semana, nada definido. Após a forte reprecificação do real em abril, o dólar começa a encontrar dificuldades para se manter acima de R$ 5,10, dado o alto custo de manter posições compradas em dólar em razão da taxa de juros doméstica elevada. Porém, a desaceleração da atividade global em ambiente de inflação ainda em níveis elevados que devemos ver nos próximos meses devem testar suportes mais altos.
Para variar, temos dois vetores, e cabe a nós ver qual deles falará mais alto.
Ainda continuamos monitorando de perto a Covid na China e a guerra na Ucrânia. Além da inflação pelo mundo.
Bons negócios a todos.