Após bater R$ 5,0412 e entre altas e baixas, o dólar fechou ontem cotado a R$ 4,9682 na venda.
Devido a valorização das commodities nos últimos meses acho pouco provável o dólar subir muito mais. Por ser exportador líquido de matérias-primas, o aumento dos preços desses insumos fortalece a perspectiva de mais ingresso de capital ao Brasil, aumentando, assim, a oferta de dólar, o que potencialmente baixaria o preço da moeda.
Também tem a questão do aumento dos juros aqui no início de maio, que pode ser até mais alto do que o mercado está esperando devido a inflação mais forte e duradoura no radar. Claro que o juros nos EUA também vão subir e pode até ser que mais do que o mercado espera e na mesma data, será uma boa briga pelo fluxo.
A certeza é a volatilidade que temos visto nos últimos dias, e continuará pelo menos até amanhã com a Ptax.
Considerada porto seguro dos investidores, a divisa americana ganha forças diante dos temores sobre os impactos econômicos das medidas para conter o avanço da covid-19 na China, além de novas notícias sobre a guerra da Rússia na Ucrânia. O corte do fornecimento de gás russo para a Polônia e Bulgária pesou sobre o sentimento dos consumidores ontem. Também O euro, moeda comum europeia caiu ao menor nível em cinco antes ante o dólar. Há temores de uma recessão econômica em todo o bloco europeu e isso incentiva investidores a apostar na baixa da moeda.
Por aqui hoje tem reunião do Conselho Monetário Nacional, e Caged (índice de emprego) e IGP-M de abril. Na Europa alguns discursos de dirigentes do Banco Central, e nos EUA, pedidos iniciais de seguro desemprego.
Boa sorte, turma!