O medo do mercado é de uma conduta monetária do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, cada vez mais agressivas para conter a inflação. Os mercados passaram a dar como praticamente certa a adoção de aumento de juro de 0,75 ponto percentual na reunião do dia 21 deste mês.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo do país aumentaram 0,3% no mês passado, superando a expectativa do mercado, que era de estabilidade sobre julho.
Uma leitura acima do esperado sugere uma aceleração econômica, e pode motivar uma expectativa de alta nos juros futuros dos EUA, o que direciona o fluxo de capital para lá e ocasiona uma alta do dólar ante o real.
Ontem, a queda nos pedidos iniciais semanais de auxílio-desemprego nos EUA reforçaram um cenário de força do mercado de trabalho. Acredito que o Fed precisará permitir perdas de emprego para que possa ter sucesso em sua missão de reduzir a inflação.
Enquanto isso, por aqui, dados mostraram que o indicador da atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), que é uma prévia do PIB, de julho subiu 1,17% sobre o mês anterior, resultado bem acima do esperado. Isso confirma a recuperação da atividade doméstica.
De olho na “Super Quarta” da semana que vem, o mercado de juros ainda especula se o Banco Central vai promover uma alta adicional da taxa Selic, para 14% ao ano. Vamos aguardar…
O cenário mundial ainda é o mesmo: Europa enfrentando uma crise energética e dúvidas sobre o fôlego da economia chinesa.
Por enquanto, as eleições estão sem papel significativo para a taxa de câmbio. Observemos mais para frente, pois esse componente costuma trazer volatilidade para o câmbio.
Ontem no mercado à vista o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,2396, mas flertou de perto com o suporte técnico de R$ 5,25.
Para hoje, de importante teremos o IGP-10 por aqui. Nos EUA, a Confiança do Consumidor e Expectativas de Inflação para 5 anos de Michigan.
Chega de terrorismo, né? Que acabe a semana e o real se fortaleça! Bons negócios, galera!