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Dólar Oscilando de Olho no Teto da Dívida e Anúncio do Tapering nos EUA

Publicado 07.10.2021, 06:10
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R$ 5,50 já não é mais barreira psicológica para o câmbio. Esse novo patamar é importante porque impacta na inflação. E os novos leilões de swap de ontem não seguraram o dólar. Muitos fatores estão trazendo o dólar para patamares bastante elevados. A desaceleração da economia mundial, a falta de insumos para cadeia produtiva, a inflação muito alta, o problema do orçamento nos EUA (esse pode estar próximo de um acordo), a proximidade da retirada de estímulos da economia americana, a crise hídrica, a China e as incorporadoras que não estão pagando seus credores, e por aqui, além da inflação e da crise hídrica, o problema fiscal que deixa o mercado sem saber o que ocorrerá com os dividendos, com os precatórios e de onde sairá o recurso para o Novo Bolsa Família e para o auxilio emergencial estendido. Até agora não há solução para resolver os precatórios (R$ 89 bi em 2022), que não deixam o programa ser absorvido no orçamento dentro do teto de gastos.

Não se iluda, a queda do IGP-DI de setembro é explicada pela queda do preço do minério de ferro em dólar. O índice registrou queda de 0,55% em setembro, após deflação de 0,14% em agosto. As vendas do comércio varejista caíram 3,1% em agosto na comparação com julho de 2021. No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em agosto na comparação com julho.

O Copom perdeu uma grande chance, na última reunião, de aumentar um pouco mais os juros pra dar um melhor alívio ao mercado. A falta de percepção da força da inflação no país e sua alavancagem pelos preços, principalmente da energia e combustíveis, com enorme impacto no crescimento do país, trazendo o aumento da taxa de juros para apenas 1 ponto deixou o mercado decepcionado e preocupado.

O que o mercado deve acompanhar para ter ideia do que vai acontecer com relação aos EUA é o relatório ADP que saiu ontem. Esse relatório começa a preparar as expectativas para o payroll na sexta feira, que deverá confirmar o anúncio formal do tapering em novembro. Esse relatório ADP veio ontem bem forte e acima da previsão dos economistas. Powell já não esconde a cautela com a persistência dos preços altos, que justificam apressar a normalização da política monetária.

A secretária do tesouro americano Janet Yellen voltou a alertar sobre o risco de recessão caso o teto da dívida não seja elevado e os EUA tenham que decretar calote, ameaçando o rating triplo A do país. Na tarde de ontem, o principal republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, disse que seu partido apoiará uma extensão do teto da dívida federal até dezembro. Isso evitaria um calote histórico com o potencial de gerar graves impactos econômicos. Os investidores ficaram mais otimistas pela perspectiva de democratas e republicanos no Congresso chegarem a um acordo para evitar o calote da dívida do governo.

O Fundo Monetário Internacional disse nesta quarta-feira que a alta nos preços ao consumidor deve atingir o pico neste outono do Hemisfério Norte e recuar para níveis pré-pandemia em meados de 2022, mas os riscos de que os picos de inflação gerados ​​pela escassez se provem mais persistentes permanecem, desancorando as expectativas.

As projeções do FMI para as economias avançadas mostram que a inflação chegará a um pico de 3,6% no outono de 2021 e diminuirá para cerca de 2% em meados de 2022. Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento verão a inflação recuar para cerca de 4% no próximo ano, após atingir o pico em 6,8% neste outono

O Banco Mundial aumentou a previsão de crescimento para o Brasil em 2021, mas reduziu para 2022. O Brasil crescerá menos do que a América Latina e Caribe de 2021 a 2023, segundo estimativas do Banco. Neste ano, o Brasil deve crescer 5,3%, segundo as estimativas da instituição, enquanto a taxa média da região será de 6,3%. As projeções do Bird mostram que o PIB do Brasil subirá 1,7% em 2022 e 2,5% em 2023. No mesmo período, a média de taxa das nações será de 2,8% em 2022 e 2,6% em 2023.

O mercado de câmbio segue volátil e suscetível a cada mudança na política interna e externa.

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