Vamos ver como mercado reage hoje à aceleração da retirada de estímulos da economia americana. Ontem, já deu uma boa subida na taxa de câmbio. Pode ser que hoje o mercado se acalme.
O dólar ontem teve sua quinta alta seguida, desta vez de 0,25%, e fechou o dia cotado a R$ 5,708 na venda, mas chegou a bater até R$ 5,7361 na máxima, impulsionado pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).
O Fed anunciou o encerramento, três meses antes do previsto, de seu programa de compras de ativos para conter a alta da inflação, abrindo a porta para três aumentos das taxas juros de referência em 2022. Isso significa força para o dólar. O tapering, ou seja, a retirada dos estímulos, ocorre devido ao aumento da inflação ao consumidor dos EUA e ao fortalecimento do mercado de trabalho no país. Com juros mais altos por lá, os investidores tendem a enviar seus recursos para os EUA.
As remessas de lucros e dividendos corporativos ao exterior e as preocupações com a atividade interna, após o IBC-Br mais fraco que o esperado em outubro, deram força para a moeda americana por aqui também.
O fluxo cambial do ano até 10 de dezembro ficou positivo em US$ 13,504 bilhões.
O FMI disse que a dívida global subiu para 226 trilhões de dólares no ano passado, o maior salto em um ano desde a Segunda Guerra Mundial, e estará em risco se as taxas de juros globais aumentarem mais rápido do que o esperado e o crescimento for instável. Taxas de juros mais altas diminuirão o impacto da elevação dos gastos fiscais e farão com que as preocupações com a sustentabilidade da dívida se intensifiquem.
Hoje, teremos o relatório de política monetária do Banco Central Europeu e decisão da taxa de juros. Nos EUA, pedidos iniciais por seguro desemprego e índice de atividade industrial e relatório de emprego (Fed. Filadélfia).