Após uma semana bastante volátil, vamos acompanhar os fatos que podem mexer com o câmbio nesta semana.
Hoje teremos o boletim Focus, que tradicionalmente sai às segundas-feiras, e poderemos acompanhar a análise do mercado para índices macroeconômicos importantes no Brasil.
Por aqui hoje teremos a prévia do IGPM, a inflação do aluguel.
Nos EUA, saem amanhã dados de inflação ao consumidor e depois de amanhã a inflação ao produtor, ambos serão usados pelo Fed na semana que vem para a decisão da magnitude do aumento de juros por lá. Os diretores do Fed estão em período de silêncio nesta semana que antecede essa importante decisão. Subindo os juros por lá, força para o dólar. Se os índices de inflação ao produtor e ao consumidor vierem muito altos isso pode dar força ao dólar.
Na China, hoje é feriado e o mercado financeiro não abre. No final da semana, mais precisamente na quinta, saem muitos indicadores chineses, e como a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, fica a dica para seguirmos acompanhando de perto essas informações. Haja vista a sexta passada, que com a melhora por lá o nosso real se apreciou bastante.
O mercado precisa seguir de olho na crise energética na Europa e nos confinamentos na China, assim como na guerra na Ucrânia. Para nós brasileiros, adicionamos também a corrida eleitoral que trará volatilidade ao câmbio. Putin ameaçou cortar toda a energia que a Rússia fornece para a Europa.
Os bancos centrais mundo a fora prometeram mais altas de juros para tentar controlar a inflação, mesmo que isso impacte em recessão. A Europa subiu em 0,75% e foi a maior alta da história por lá, e continua sinalizando que subirá ainda mais.
Aqui, Campos Neto disse na semana passada que ainda vê espaço para mais altas de juros, quando o mercado já estava precificando o término do ciclo de altas de juros no Brasil. Se isso ocorrer ajuda o real e o movimento de carry trade, ou seja de migração de capital para cá. Dia 21 deste mês teremos está confirmação, mas está no radar uma Selic de 14%.
O real é a moeda emergente com mais liquidez no mercado pela reservas que o Brasil possui e pelos superávits nas balanças, daí essa volatilidade enorme e as intervenções por parte do BC em momentos de grandes distorções.
O dólar fechou a semana passada cotado R$ 5,1462 para venda, reagindo a alta das commodities e maior apetite a risco. A desaceleração em dados de inflação na China também ajudaram nossa moeda. Com o arrefecimento nas pressões de preços, estão abertas as possibilidades de a China injetar mais dinheiro na economia para fomentar o crescimento.
Bons negócios a todos e uma semana de muito lucro!