Bom dia, mercado do câmbio. Aliás, de heróis do câmbio, porque para operar neste mercado nos últimos dias só mesmo vestindo uma capa de super-herói. E vamos lá, a volatilidade foi grande ontem. O mercado teve uma queda pela manhã e atingiu a mínima do dia em R$ 5,1233, mas fechou o dia cotado a R$ 5,1528 para venda, chegando a atingir R$ 5,1787 no pico mais alto do dia. Haja coração.
Dados dos EUA mostraram que a criação de empregos no setor privado ficou muito abaixo das expectativas. O mercado previa a criação de 153 mil vagas, porém apenas 89 mil empregos foram abertos em setembro. Esse dado pode influenciar o Fed a não ser tão agressivo na elevação das taxas de juros, e por isso os rendimentos dos tesouros caíram um pouco. Por outro lado, as encomendas de produtos industriais nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado, mostrando que o crescimento econômico melhorou no terceiro trimestre.
A direção do mercado cambial amanhã será determinada pelo payroll. Hoje, a expectativa desse dado será o foco. Apesar do dólar ter caído mais no exterior do que aqui e dos títulos públicos terem dado um pequeno alívio, a diminuição da vantagem dos juros pró-Brasil e a perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos EUA levam ao fluxo de capital migrando para lá.
O calendário econômico de hoje não terá dados da China devido ao feriado do dia nacional. Na Europa, teremos pronunciamentos de Lane e um discurso de Luís de Guindos, ambos do BCE. Nos Estados Unidos, teremos o balanço comercial de agosto e a média dos pedidos de seguro-desemprego das últimas quatro semanas. Também teremos discursos de vários membros do Fomc, Mester, Barkin e Mary Daly, além do discurso de Barr, vice-presidente de supervisão do Fed.
Desejo a todos bons negócios, vistam suas capas de super-herói e espero que consigam operar com lucro.