Olá, sobreviventes do mercado do câmbio. O dólar à vista fechou a quarta-feira cotado a R$ 5,5191 para venda, conforme informado pela Getmoney. Nada está tão ruim que não possa piorar, né?
Pois é, foi um dia no qual falas do presidente Lula quanto ao fiscal demonstraram resistência ao corte de gastos pelo governo e caíram mal para o mercado. A alta dos rendimentos dos Treasuries na curva de juros norte-americana também ajudou o desempenho do dólar. O IPCA-15, que veio melhor do que o esperado, não fez preço, uma vez que não muda as expectativas de inflação para o ano e nem interfere nas decisões sobre a próxima Selic. No ano de 2024 o dólar já subiu 13,72%.
Agora temos que ver como virá o PCE (índice de preços de gastos com consumo) na sexta nos EUA para precificar corte de juros nos EUA ou não. Isso também fará preço sobre o dólar. O real está sendo penalizado mais do que as outras divisas pelo receio fiscal no Brasil e a desconfiança de que a nova composição do Banco Central possa ser mais tolerante com a inflação a partir de 2025, quando sairá Roberto Campos Neto do comando da instituição.
Agora, pessoal, é olho neste negócio de gastos e arcabouço, para ver como é se vão resolver essa equação.
No calendário econômico da quinta na Zona do Euro teremos confiança de empresas, consumidores, serviços e industrial de junho, a cúpula da Zona do Euro e discurso de Elderson, do BCE. Nos EUA, conheceremos o PIB do primeiro trimestre, pedidos por seguro-desemprego, vendas pendentes de moradia de maio. No Brasil, sairá o índice de inflação IGP-M de junho, o relatório trimestral de inflação e a evolução de emprego do Caged e IPP de maio.
E vejam que a Ptax de fechamento de semestre será sexta, então esperamos ainda mais estresse na briga entre comprados e vendidos em dólar.
Só me resta desejar bons negócios a todos e muito lucro!