O desfecho envolvendo a votação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados agradou de modo geral. O plenário da Câmara aprovou por 372 votos favoráveis e 108 contrários o texto-base da proposta de arcabouço, após ajustes de última hora feitos no texto pelo relator Cláudio Cajado para tornar menos generosa a regra de gastos em 2024.
Os investidores estão atentos também às movimentações no Congresso relacionadas à reforma tributária, com o relator do texto afirmando que pretende apresentar dia 6 de junho um relatório com as conclusões do grupo de trabalho para, a partir daí, buscar ajustar uma data para votação do seu parecer diretamente no plenário da Câmara.
No exterior, a falta de avanços nas negociações envolvendo o teto da dívida norte-americana deixa os investidores apreensivos! A ata da última decisão de política monetária do Banco Central norte-americano, anunciada após o encontro em 2 e 3 de maio saiu ontem.
O documento mostrou que autoridades do Federal Reserve concordaram em geral que a necessidade de novos aumentos na taxa de juros tornou-se menos certa, com várias delas dizendo que o aumento de 0,25 ponto percentual aprovado então poderia ser o último. A ata deixou portas abertas sobre as novas decisões, embora com clara intenção de pausa.
Por aqui, o que falou mais alto foi mesmo o arcabouço e desta forma o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9534 reais na venda, com baixa de 0,38%.
A nova regra fiscal foi bem recebida nos mercados de câmbio e juros futuros e acaba exercendo mais influência nas cotações do que o exterior, na esteira do impasse sobre o teto da dívida do governo norte-americano. Agora vamos ver o que vem hoje de notícias aqui e lá fora.
No calendário para hoje, por aqui temos o IPCA-15 e a confiança do consumidor. Nos EUA, seguem as tentativas de negociação do teto da dívida americana e sai o PIB trimestral, vendas pendentes de moradia e pedidos por seguro-desemprego.
Bons negócios e muito lucro!